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Crise fez triplicar o número ​de pobres com falhas na saúde

23 nov, 2016 - 13:45

Entre 2008 e 2014 triplicou a quantidade de pessoas de baixos rendimentos que relatou necessidades de saúde não satisfeitas por motivos financeiros.

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A quantidade de pessoas de baixos rendimentos que relatou necessidades de saúde não satisfeitas por motivos financeiros triplicou em Portugal entre 2008 e 2014, segundo um relatório esta quarta-feira divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O relatório "Health at a Glance 2016" refere que as barreiras ao acesso aos cuidados de saúde podem estar relacionadas com a falta de serviços abertos ou com problemas financeiros, sendo uma fonte de procura inapropriada de cuidados de urgência.

Segundo o documento, cerca de 3,6% da população dos países da União Europeia referiu ter ficado com necessidades de saúde não satisfeitas devido a custos, distância dos serviços ou tempos de espera.

Em Portugal, segundo o relatório, triplicou entre 2008 e 2014 a proporção de pessoas de baixos rendimentos que viu necessidades de saúde não satisfeitas devido a motivos financeiros.

"O aumento dos cuidados de saúde não satisfeitos, sobretudo entre a população de menor rendimento, levanta preocupações pois pode traduzir-se num pior estado de saúde e num aumento das desigualdades sociais", refere o documento da OCDE.

Ainda assim, a média da população portuguesa que em 2014 referia cuidados de saúde não satisfeitos estava abaixo dos 10%, superados por países como a Grécia, Estónia ou Letónia, que exibem os valores mais elevados.

Na margem oposta situam-se países como o Luxemburgo, Holanda, Espanha ou Áustria em que menos de 1% da população relata necessidades não satisfeitas.

Comentários
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  • Ribeiro
    23 nov, 2016 Aveiro 17:17
    E viva a PAF, a troica e o Coelho!
  • Ora aí está!
    23 nov, 2016 jardim das tabuletas 14:27
    Só agora é que chegaram a esta conclusão? Pelos vistos isto tem sido ignorado desde este tempo todo, principalmente pela comunicação social. Até já apareceu uma noticia à pouco que os portugueses estão menos pessimistas, como se as pessoas não estejam na mesma e sem dinheiro nem para a sua saúde. Sinto nojo e vergonha de vocês todos.

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