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Investigação Renascença

​Hospital das Forças Armadas diagnosticou tumor a militar antes do início de curso de Comandos

28 nov, 2016 - 13:17 • Raquel Abecasis

Forças Armadas tinham em seu poder dados de saúde sobre candidato ao curso de Comandos, que só foi excluído depois das duas mortes no polémico curso.

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O Hospital das Forças Armadas diagnosticou um tumor ósseo na bacia a um candidato ao 127.º curso de Comandos. Segundo a ficha clínica deste militar, a que a Renascença teve acesso, o tumor foi diagnosticado a 6 de Junho deste ano. No dia 21 de Julho, este candidato foi indicado para remoção do tumor. Tudo antes do início do curso de Comandos.

O Hospital das Forças Armadas diagnosticou a este candidato um osteocondroma, um tumor benigno. Foi a detecção deste tumor pelo Exército que levou à sua expulsão do curso.

Este facto contradiz as declarações do Exército à Renascença. O porta-voz do Exército garantiu que todos os candidatos foram sujeitos a uma bateria de exames antes de integrarem o curso e que as patologias que os levaram à exclusão poderão ter surgido em consequência do esforço a que os candidatos estiveram sujeitos.

A ficha clínica a que a Renascença teve acesso prova que as próprias Forças Armadas tinham já em seu poder dados de saúde sobre este candidato ao curso de Comandos, que só foi excluído do curso já depois das mortes de Hugo Abreu e Dylan Silva, os dois candidatos que morreram na sequência de um golpe de calor.

A Renascença teve acesso à informação clínica deste candidato depois de revelar que cinco dos candidatos ao 127.º curso de Comandos apresentavam patologias graves que os deveriam ter impedido de participar. Alguns militares apresentavam manifestações de doenças graves, anteriores ao início do curso, revelam os processos de exclusão.

Exército diz que nada detectou

O porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira, disse à Renascença que os militares que integraram o curso passaram por três baterias de exames médicos e em nenhum foram detectados os problemas graves de saúde de que padecem cinco elementos, entretanto excluídos do curso.

Um dos candidatos sofre de síndrome de Gilbert, uma doença hepática crónica, de origem genética. Outro tem uma doença cardíaca, também genética, e antecedentes de epilepsia. Um terceiro instruendo do 127.º Curso de Comandos tem um tumor ósseo na bacia, visível, segundo o relato dos processos de exclusão, “à vista desarmada”. No quarto caso, o candidato a comando tem duas hérnias discais e o quinto candidato uma dismetria dos membros inferiores.

Vicente Pereira disse ainda que os militares que se candidatam ao curso de Comandos apresentam “níveis de ambição elevados e com alguma frequência escondem manifestações de doença para não serem excluídos”.

Comentários
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  • António
    28 nov, 2016 Setúbal 19:10
    Como é que é possível alguém, além do médico, ter acesso à ficha médica. Será que isto não devia ser investigado e ter consequências para os transgressores, incluindo a senhora jornalista.
  • antónio lopes
    28 nov, 2016 Amadora 17:49
    NUNO , nem á tropa foste, não fales do que não sabes tu e muitos que andam e andaram aqui a comentar acerca deste assunto, eu estive no 87º curso e? problemas acontecem smepre, em todo o lado ou deves pensar que é só ali?, quanto à terra deixo apenas um comentário epá se estivermos num conflito qualquer vamos dizer ui cuidado não tenho água, temos de parar o conflito , terra pois temos que rastejar e coisas piores como o esgoto em sta margarida e todos passavamos por lá, e agora? diziamos que não? manda-los FD? que categoria.
  • J.Sousa
    28 nov, 2016 Lisboa 17:38
    Osteocondroma é um tumor benigno. Trata-se de uma excrescência num osso, também chamada exostose. Não é invalidante, nem "canceroso", o único problema é poder doer e nesse caso faz-se a excisão, que era o que estava proposto pelo médico.
  • 28 nov, 2016 jss22@sapo.pt 17:10
    O JR é um pacóvio que se calhar nem à tropa foi. Eu pertenci a uma Força de Elite e fiz a guerra 2 anos em Angola e 2 em Moçambique. Sei do que falo. Não sei se o meu avô ou o meu pai foram militares.
  • nuno
    28 nov, 2016 maia 17:01
    acho esta notícia óptima. quer dizer que nos devíamos todos alistar nos comandos para fazermos uma bateria de exames à séria. não vou aqui defender as bestas que estão nos comandos (haverá muitas como em todo o lado) mas se me mandassem comer terra eu mandava-o era fxdxr...
  • JR
    28 nov, 2016 LIsboa, Puto 16:44
    Zé. Tropa fandanga é aquela onde o teu avô não andou. Deve ter fugido para a França por cobardia. Um é mais rijo com um cancro ósseo do que os que morreram.
  • desatina carreira
    28 nov, 2016 queluz 16:02
    a alguem ou algo que quer acabar com os comandos so e possivel esta fuga de informacao que partindo do principio que e verdadeira que eu duvido e crime essa mesma fuga
  • alou
    28 nov, 2016 viseu 16:01
    aí Sr. josé, estou com uma pena daqueles que servem a pátria, e eu que também gostava de servir!! E ter um bom ordenado todos os meses
  • 28 nov, 2016 lx 15:55
    Tropa fandanga!
  • Filipe
    28 nov, 2016 Braga 15:44
    Por favor... osteocondroma é um tumor benigno que nem precisa de ser tirado na maioria das vezes.....

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