29 nov, 2016 - 19:45
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O porta-voz do Exército assegura que não existe qualquer procedimento interno em curso para averiguar se cinco instruendos do 127.º Curso de Comandos omitiram ou não patologias clínicas.
Cinco candidatos foram afastados do curso de Comandos por problemas graves de saúde, revelou na segunda-feira a Renascença, que teve acesso aos processos de exclusão. Alguns militares apresentavam manifestações de doenças graves anteriores ao início do curso.
Contactado pela Renascença esta terça-feira, o porta-voz do Exército recusa fazer mais comentários além dos esclarecimentos já prestados.
O tenente-coronel Vicente Pereira esclareceu na segunda-feira que os militares que se candidatam ao curso de Comandos apresentam “níveis de ambição elevados e com alguma frequência escondem manifestações de doença para não serem excluídos”.
O porta-voz do Exército disse ainda que os militares que integraram este curso de Comandos passaram por três baterias de exames médicos e em nenhum foram detectados os problemas graves de saúde.
A Renascença avançou esta segunda-feira que cinco dos 16 militares afastados do curso de Comandos, após as mortes de Hugo Abreu e Dylan Santos, tinham já, antes da instrução, doenças crónicas, problemas cardíacos e um tumor.
Um dos aspirantes foi admitido no 127º curso de Comandos apesar de ter duas hérnias, o que surpreende a Ordem dos Médicos.
Noutro caso, o Hospital das Forças Armadas diagnosticou, a 6 de Junho deste ano, o tumor ósseo na bacia a um candidato ao 127.º curso de Comandos, segundo a ficha clínica a que a Renascença teve acesso. No dia 21 de Julho, este candidato foi indicado para remoção do tumor. Tudo antes do início do curso de Comandos.