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Portugal é o 4.º país da União Europeia que mais recoloca refugiados

06 dez, 2016 - 15:58

Questionada sobre a saída de 140 refugiados do país, a ministra da Administração Interna admitiu ser necessário um maior esforço para explicar que o estatuto impõe que os refugiados fixem residência no país.

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Portugal é o 4.º país da União Europeia que acolheu maior número refugiados que chegam à Itália e à Grécia. A revelação foi feita pela ministra da Aministração Interna, Constança Urbano de Sousa, que informou que o país recebeu, só em 2016, mais de 600 pedidos de asilo.

A ministra, ouvida, esta terça-feira, pelos partidos numa audição conjunta das comissões de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e de Assuntos Europeus, reconhece que o número de pedidos de asilo representa "um acréscimo assinalável", que coloca "um desafio não isento de dificuldades". E aponta o exemplo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

"O SEF não estava dimensionado para estes números", admitiu a ministra, que defendeu ser “necessário mobilizar mais a sociedade civil para criar mais espaços de acolhimento". Urbano de Sousa mostra-se, por isso, contra a política de "não criar centros de refugiados", considerando que a concentração também tem aspectos negativos. Apesar de tudo a responsável admite que o modelo de dispersão de refugiados pelo território nacional adoptado possa ser debatido

Constança Urbano de Sousa deu a saber que Portugal está a receber actualmente pedidos de acolhimento de cidadãos de etnia yazidi que se encontram na Grécia, tendo já dado entrada "97 processos". A maioria dos refugiados recebidos ao abrigo dos programas de recolocação da UE é originária da Síria, Eritreia e Iraque, especificou a ministra. No que toca aos programas de reinstalação de refugiados, coordenados pelas Nações Unidas, a governante adiantou que foram acolhidos "12 sírios este ano", vindos sobretudo do Egipto.

“Os refugiados não são prisioneiros”

Questionada pelos vários grupos parlamentares sobre a saída de 140 refugiados do país, a ministra recorda que "os refugiados não são prisioneiros" e, por isso "têm liberdade de circulação". Apesar de tudo Constança Urbano de Sousa reconhece que é preciso um "maior esforço de comunicação com essas pessoas", no sentido de lhes lembrar que o estatuto especial que lhes foi concedido impõe que fixem residência em Portugal.

Sobre as reformas que a UE porá em marcha para responder ao crescente fluxo migratório, a ministra antecipa "um processo longo" de negociações. "Não vai ser fácil haver acordo", reconhece, falando numa "tensão muito grande" entre Estados-membros. Esse facto não impede, no entanto, a ministra de considerar a revisão dos acordos de Dublin "essencial", que deverão passar por "critérios mais realistas" e dar garantias do princípio da reunificação familiar.

Comentários
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  • João
    17 dez, 2016 13:49
    Eu fico até enjoado com tanto egoísmo da parte dessas pessoas que fazem esses comentarios.Queira Deus que nunca precisem da solidariedade dos outros.Se nos importarmos somente conosco não nos distinguimos dos animais irracionais e mesmos estes são capazes de mostrar em alguns casos que se importam com os seus parceiros.
  • Pantufas
    09 dez, 2016 Lisboa 02:57
    Dois milhões de portugueses a morrer a fome e os REFUGIADOS casa dinheiro CARRO E roupa lavada o Costa QUE os meta na casa dele e a SEITA da Catarina martins
  • Que orgulho!
    06 dez, 2016 lisboa 20:29
    Mas que orgulho!.. tirar dos nossos para dar aos de fora!
  • Edmundo
    06 dez, 2016 Lisboa 17:48
    O que Zé diz no seu comentário é uma verdade! Agora chamem-lhe racista, xenófobo, etc... por ele dizer a verdade. Ainda gostaria de saber QUEM é que está a ganhar com isto. Sim, porque há sempre quem viva à custa da desgraça dos outros.
  • 06 dez, 2016 lisboa 16:40
    Vergonha das vergonhas um país com dois milhões de pobres tem-se de andar à portas dos super´s para lhes matar a fome, mais de meio milhão de desempregados, crianças com fome, velhos abandonados à sua sorte, etc. como Português envergonha-me ver os outros primeiro que os nossos e indigna-me descontar uma vida para sustentar gajos que vêm fazer o que fizeram à sem abrigo no algarve. Traidores, Traidores. O Hospital Sousa Martins, na Guarda, regista uma média anual de 100 casos de crianças retiradas aos pais ou rejeitadas à nascença pelos progenitores. Ficam meses – ou anos – à espera de um destino por falta de resposta das instituições de acolhimento. Falta de resposta das instituições levou mesmo a que uma criança vivesse dois anos no hospital. PARA OS PORTUGUESES É ISTO!!! TRAIDORES NOJENTOS!!!!!!!

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