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​Caso BPP. Julgamento de João Rendeiro vai ser repetido

07 dez, 2016 - 22:02

Tribunal da Relação deu razão ao recurso interposto pelo Ministério Publico da absolvição de Rendeiro e de outros dois arguidos por burla qualificada em primeira instância.

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O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) mandou esta quarta-feira repetir o julgamento, no qual o antigo presidente do BPP João Rendeiro e os administradores Fezas Vital e Paulo Guichard foram absolvidos, disse à agência Lusa fonte ligado ao processo.

A Relação deu razão ao recurso interposto pelo Ministério Público da absolvição dos três arguidos por burla qualificada em primeira instância.

A fonte disse desconhecer ainda os motivos da decisão do TRL e se repetição do julgamento ficará a cargo de um outro colectivo de juízes ou do mesmo.

Na primeira instância o tribunal considerou que não se verificaram os pressupostos relacionados com a acusação de burla qualificada, já que "o dolo e o enriquecimento próprio, ou de terceiros imputáveis aos arguidos, não se verificam".

Os juízes consideraram que ficou provado em julgamento que o objectivo dos arguidos era apenas gerar mais-valias e recuperar o veículo de capital, sem prever a crise mundial "perfeitamente avassaladora" que se verificou na altura do colapso do Banco Privado Português (BPP).

A 5 de Junho de 2015, o acórdão afastou qualquer "dolo típico" e qualquer "processo astucioso" ou "plano enganoso" por parte dos arguidos com o propósito de "enriquecimento individual", pondo o acento tónico na crise global que afectou os mercados por altura do aumento de capital da Privado Financeiras, veículo de investimento que apostava em acções do Banco Comercial Português (BCP).

A Lusa tentou contactar João Rendeiro, mas até ao momento não foi possível.

A notícia da repetição do julgamento foi avançada pelo jornal online Observador.

Comentários
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  • Carlos Gonçalves
    08 dez, 2016 ALMADA 09:19
    A saber que o BPP ( Rendeiro ) foi um dos sugas da Caixa Geral Depósitos. 450 Milhões de euros para pagar e calar os novos ricos do BPP. Manobras do malabarista Sócrates e seu Ministro das Finanças . Foi mais um rombo na Caixa. Hoje as tetas da Caixa estão secas graças a muitaaaaa gente.
  • O país da diversão
    07 dez, 2016 Lisboa 23:07
    A ser assim só me resta perguntar, que confiança podemos ter nesta justiça onde cada cabeça sua sentença?

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