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Mais um ex-presidente do INEM suspeito de corrupção. Agora é Paulo Campos

15 dez, 2016 - 10:28

INEM volta a estar na mira das autoridades, desta vez num processo não relacionado com a máfia do sangue. Não há ainda arguidos nesta investigação.

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O ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) Paulo Campos é o alvo da investigação que motivou buscas esta quinta-feira na sede do INEM e noutros locais da zona Centro e Norte.

Não há ainda arguidos nesta investigação, revelou ao final da tarde a Procuradoria-Geral da República (PGR), contrariando informações anteriormente publicadas. Uma fonte ligada ao processo disse à Lusa que Paulo Campos tinha sido constituído arguido.

A investigação está relacionada com casos de contratação pública ligados ao INEM.

A PJ está a realizar esta quinta-feira várias buscas numa investigação que abrange empresas de contratação pública envolvidas na logística do INEM – um processo não relacionado com outro que envolve o INEM, o da " máfia do sangue”.

A Procuradoria-Geral da República divulgou também que as várias buscas – domiciliárias e a um instituto público – decorrem “no âmbito de um inquérito em que se recolhem indícios da prática dos crimes de corrupção activa e passiva, participação económica em negócio e abuso de poder”.

A investigação visa a actuação do responsável principal desse instituto, "por factos indiciariamente praticados no exercício das suas funções públicas e com violação dos deveres inerentes”, informa a PGR.

Paulo Campos foi presidente do INEM entre 2014 e 2016.

A operação iniciou-se esta manhã, está a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ, é dirigida e tem a participação de magistrados do Ministério Público (MP) da 9ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.

"A investigação prossegue sob a direcção do MP da 9ª secção do DIAP de Lisboa com a coadjuvação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ", acrescenta.

Paulo Campos é o segundo ex-presidente do INEM a ser alvo da justiça esta semana. Na terça-feira, Luís Cunha Ribeiro foi detido por suspeitas de corrupção no processo da chamada "máfia de sangue".

[Notícia actualizada às 19h09. Afinal, Paulo Campos não foi constituído arguido]

Comentários
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  • Politiqueiro
    15 dez, 2016 Fornos de Algodres 14:50
    Eu cá por mim não estou com falsas virgindades . A verdade é que só não roubo porque não posso . Só pudesse deitar a luva a umas boas luvas certamente que aproveitaria ,.Mas como não tenho essa possibilidade ...tenho que me contentar com muito pouco . Paciência ...
  • Luis
    15 dez, 2016 Lisboa 12:34
    EUGENIO BAPTISTA. Todas as leis aprovadas na AR, no que diz respeito ao cidadão comum, estão norteadas pelo mesmo principio que eram norteadas as leis no tempo da ditadura. "O cidadão comum é por natureza um bandido". Um cidadão comum que passe uma vida inteira num determinado local imóvel como um móvel mesmo assim está sujeito a uma serie de leis. Relativamente ao cidadão comum há milhares de leis para tudo e para nada, são produzidas à pazada. Relativamente a tudo o que tenha a haver com governantes e politicos e com os seus muitos amigos de muitas negociatas mafiosas poucas leis existem. É vulgar ler-se: "Há um vazio legal", " A lei é omissa", "Sobre esta materia aguarda-se aprovação de legislação na AR" bla,bla,bla,bla. Isto já não falando de toda a legislação que é aprovada em prejuizo do cidadão e em beneficio de grupos de interesses.As Cãmaras praticam ilegalidades em prejuizo dos cidadãos e em beneficio dos construtores. Para o MP essas ilegalidades nunca são um acto de corrupção. Talvez de negligência, talvez de incompetência ou seja para o MP existem almoços gratis. Muitos exemplos poderiam ser dados. Há legislação que foi aprovada por imposição da UE que só serve para otário ver. A justiça em Portugal já deixou de ser uma vergonha Nacional para ser uma vergonha Internacional. Quem não tiver muito dinheiro para bons advogados está fornicado.
  • Gabirú
    15 dez, 2016 Kuelha 11:53
    Há quantos anos o País está a saque? Muitos, muitos, "eles" vão-se "abotoando" e nunca lhes acontece nada. O burro sou eu...!
  • EUGÉNIO BAPTISTA
    15 dez, 2016 COVILHÃ 11:27
    Mais "inocentes"; Somente o signatário deste comentário é que tem 2 acórdãos dos tribunais de Leiria e Loures ABSOLVENDO-O dos crimes de abuso de confiança fiscal e fraude fiscal qualificada, mas no entanto tem 1/3 da penhora penhorada há 8 anos; mais ainda, apesar da Autoridade Tributária ter a CERTEZA ABSOLUTA da minha inocência continua a agir como a Inquisição na Idade Média; O signatário tem escreveu para todos os órgãos de soberania, mas é "como chover no molhado"... Depois dizem que há justiça, deve ser somente para os criminosos, corruptos, vigaristas, pois andam todos à solta, e, mais ainda: "TÊM TODOS A CONSCIÊNCIA TRANQUILA"(?!)
  • Luis
    15 dez, 2016 Lisboa 11:19
    Comecem no Norte e acabem no Sul. Venham por aí abaixo tipo pesca de arrasto. Em tudo o que é publico cada cavadela é uma minhoca. O País está a saque há muito tempo. A PGR uma vez disse que havia organizações mafiosas que agiam no Estado. Elas não agem no Estado, elas estão dentro do próprio Estado. Surpreendente é não haver investigações nas Câmaras. Muito se lê sobre actos menos ilicitos nas Cãmaras mas investigações zero. E as poucas anunciadas parecem que estão em banho maria há muito tempo. E todos sabemos como é que elas funcionam. Porque será?

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