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Projecto-piloto de cuidados continuados integrados arranca em Évora

16 dez, 2016 - 12:20 • Rosário Silva

Experiência inovadora quer manter doentes no domicílio mas com orientação profissional dia e noite.

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É uma experiência-piloto e começa no concelho de Évora. Uma equipa de 15 profissionais de cuidados continuados integrados vão prestar serviços domiciliários 24 horas, em simultâneo, a 30 doentes referenciados.

“É uma inovação. Durante o dia podem estar na presença física dos doentes das 8h00 às 20h00 e durante a noite das 20h00 às 8h00, podem contactar o profissional através do telefone”, explica à Renascença o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, entidade responsável pelo projecto que se desenvolve através do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central.

“Se houver uma situação de emergência, este profissional está habilitado a dar a melhor orientação a estes doentes”, avança José Robalo, acrescentando que a criação desta equipa potencia a redução do “número de dias de internamento havendo essa possibilidade destes profissionais acompanharem o doente no domicílio”.

A Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) arranca, em experiência-piloto, para o concelho de Évora e vai permitir “que haja proximidade, integração de cuidados e que o utente possa na sua própria cama e não na cama de uma instituição”, explica o presidente da ARS.

Este novo modelo de funcionamento de cuidados continuados foi apresentado esta quinta-feira, em Évora, na presença do secretário de Estado da Saúde.

“A ideia dos cuidados continuados, cada vez mais, é feita na perspectiva do doente e não da cama”, referiu Manuel Delgado. “Se tiver condições para ficar em casa” prosseguiu o governante, “pode receber cuidados continuados no domicílio”, evitando, sempre que possível a institucionalização das pessoas.

Não desenraizar os doentes

“Não temos de desenraizar as pessoas dos seus lares, das suas residências normais até porque psicologicamente, sabemos o que isso representa em termos da diminuição da capacidade de resistência”, acrescenta.

Segundo Manuel Delgado “manter o doente, nesta fase da sua vida quando precisa de cuidados continuados, no seu domicílio é meio caminho andado para reabilitar as pessoas, é economicamente melhor e do ponto de vista psicológico e social mais saudável”.

A experiência vai decorrer durante um ano para depois ser avaliada. De acordo, com os resultados, pode ter continuidade e até ser alargada a todo o território nacional.

A partir de agora está, também, em curso um outro projecto-piloto da ARS Alentejo. Vai permitir que os utentes do concelho de Évora tenham acesso, de uma só vez, à consulta, ao diagnóstico e à terapêutica, através dos Cuidados de Saúde Primários.

Ao deslocar-se à sua Unidade de Saúde Familiar, em consulta agendada ou aberta, o utente vai ter acesso, sem passar pelas urgências, à realização dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica no Hospital do Espírito Santo de Évora, tais como RX e análises clínicas, inicialmente para situações respiratórias agudas.
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