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Máfia do sangue. Lalanda e Castro libertado na Alemanha

21 dez, 2016 - 15:03

Advogado já comunicou que o seu cliente se apresentará "onde, como e quando" o Ministério Público português entender para ser ouvido.

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O ex-patrão da Octapharma Paulo Lalanda e Castro, suspeito de envolvimento no caso da máfia do sangue, foi libertado esta quarta-feira na Alemanha.

Um juiz da cidade de Heidelberg considerou injustificado o mandado de detenção europeu emitido no âmbito do processo "0-negativo", disse à agência Lusa o advogado Ricardo Sá Fernandes.

Lalanda e Castro "sempre esteve contactável, não sendo preciso a sua detenção para ser ouvido em Lisboa", argumentou a justiça alemã.

Ricardo Sá Fernandes, que visitou Lalanda e Castro na cadeia alemã na terça-feira na presença de advogados germânicos, já comunicou aos Ministério Público que o seu cliente se apresentará "onde, como e quando" o Ministério Público português entender para ser ouvido.

Apesar de ter sido libertado, o advogado desconhece ainda se o regresso de Lalanda e Castro a Portugal se fará ou não ao abrigo do processo de extradição, aguardando-se a posição do MP face à disponibilidade do arguido para ser ouvido pelas autoridades portuguesas.

"Fico satisfeito com este despacho do juiz alemão porque a detenção foi abusiva", congratulou-se Ricardo Sá Fernandes.

A decisão da justiça alemã acontece depois de o advogado ter pedido a revogação do mandado de detenção europeu emitido pelas autoridades portuguesas.

Lalanda de Castro foi detido na semana passada e demitiu-se na liderança da Octapharma, na sequência da investigação relacionada com o negócio do plasma, que envolve a farmacêutica, que foi alvo de buscas.

A Procuradoria-Geral da República esclareceu, na semana passada, que investiga suspeitas de que Lalanda de Castro e um funcionário da área da saúde, leia-se o ex-presidente do INEM Cunha Ribeiro, terão acordado beneficiar a Octapharma usando as funções e influência de cada um.

Em causa estará a prática de actos de corrupção activa e passiva, recebimento de vantagens e branqueamento de capitais.

Este caso conta com cinco arguidos: Cunha Ribeiro, dois advogados, a presidente dos hemofílicos de Portugal e Lalanda de Castro.

Em causa um alegado esquema de corrupção na venda de plasma aos hospitais portugueses.

[notícia actualizada às 19h22]

Comentários
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  • Toninho Marreco
    21 dez, 2016 Alpedrinha 23:05
    Onde, quando e como o ministério publico quiser , traduzido de alemão para portugues , QUER DIZER QUE NUNCA MAIS PORÁ CÁ OS PÉS .
  • tuga
    21 dez, 2016 lisboa 15:11
    Esperava-se outra coisa??? há muito cão grande a mamar!!!

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