28 dez, 2016 - 09:02
O Sindicato dos Enfermeiros diz ser exagerada a reacção do bastonário dos Médicos, que pede a extinção da Linha Saúde 24.
A presidente do sindicato, Guadalupe Simões, considera, porém, haver reformas que podem ser feitas e pede a intervenção do Governo para que as dificuldades possam ser ultrapassadas.
“É bom lembrar que os últimos anos foram bastante atribulados no sector e que também foram feitas algumas alterações no âmbito da Linha Saúde 24. Portanto, se se considera que as respostas dadas são menos eficazes, o que se espera é que parte do Ministério da Saúde se possa avaliar e discutir e dar um novo rumo a este serviço”, disse à Renascença.
O bastonário da Ordem dos Médicos pede o fim da Linha Saúde 24, que considera um serviço inútil e que só serve para aconselhar os doentes a irem ao médico.
José Manuel Silva reagia à denúncia de que uma falha no sistema informático tem impedido que as informações de utentes encaminhados pela linha cheguem ao Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC).
O pedido de extinção da linha preocupa Guadalupe Simões, que defende a sua utilidade. “Este serviço deve fazer um aconselhamento, naturalmente com o objectivo de diminuir as idas às urgências”.
O director do serviço de urgências, Luís Januário, disse na terça-feira à agência Lusa que o HPC está "há cerca de um ano" sem receber as informações dos utentes encaminhados pela linha Saúde 24.
A falta de ligação aconteceu quando as mensagens deixaram de ser enviadas por fax e passaram a ser transmitidas através do sistema informático, situação que também foi denunciada pela Liga de Amigos do HPC.