02 jan, 2017 - 13:02
A Assembleia da República recomendou ao Governo que reactive a Linha Saúde 24 Sénior, para garantir que todos os idosos tenham acesso a este serviço “nesta época” da vida.
A linha foi criada em 25 de Abril de 2014, com o objectivo de ser um serviço dedicado especificamente a idosos com 70 ou mais anos.
Este serviço de atendimento acompanhou mais de 20 mil idosos, até ser suspenso em Dezembro de 2015.
Na altura a Direcção-Geral da Saúde alegou necessidade de mobilizar recursos para fazer face ao aumento da procura da linha devido à gripe, mas também questões orçamentais, prometendo a criação de um novo serviço de atendimento para 200 mil idosos, no próximo contrato com a empresa privada que explora a Linha.
Numa resolução publicada esta segunda-feira em “Diário da República”, a Assembleia da República recomenda ao Governo a sua reactivação, “de modo a garantir que, nesta época, todos os idosos a terão ao seu dispor”.
A proposta do parlamento foi impulsionada por um projecto de resolução do CDS-PP, aprovado no passado dia 7 de Dezembro na Assembleia da República, com a abstenção do PS e os votos favoráveis das restantes bancadas.
No diploma, os centristas lembram que este serviço se propunha a fazer uma “avaliação biopsicossocial” dos idosos, olhando não só para a sua situação clínica, mas também para a autonomia física, a forma como se alimentavam, e do seu estado social e cognitivo, entre outras dimensões.
Pretendia igualmente detectar e prevenir os problemas relacionados com o isolamento dos mais velhos, ajudá-los a marcar consultas ou a renovar a medicação, por exemplo.
“A referida linha de apoio consistia assim num meio importante para garantir a prestação de cuidados e serviços aos idosos, nomeadamente os que se encontram isolados”, defende o mesmo texto.
Noutra resolução, também publicada em “Diário da República”, a Assembleia da República recomenda ao Governo que reforce “a formação dos profissionais de saúde na área da Geriatria, a nível pré e pós-graduado, nomeadamente no que diz respeito à especialização médica”.