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Ministro considera "inaceitável" espera de seis dias por cama nas urgências de Famalicão

03 jan, 2017 - 21:38

Adalberto Campos Fernandes ordenou a abertura de inquérito àquele hospital.

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O ministro da Saúde considera "absolutamente inaceitável" que uma mulher tenha estado seis dias à espera de uma cama nas urgências do Hospital de Famalicão, tendo já determinado a abertura de um inquérito.

“Determinei de imediato a abertura de um inquérito pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde e pedi à Administração Regional de Saúde do Norte que também fizesse o mesmo", afirmou Adalberto Campos Fernandes, esta terça-feira, à margem da tomada de posse dos Corpos Gerentes da Misericórdia do Porto.

Classificando a situação de "absolutamente inaceitável", o governante salientou ter a certeza de que o "hospital irá retirar consequências dessa situação".

A edição desta terça-feira do jornal “Correio da Manhã” noticiou que uma mulher esteve seis dias nas urgências à espera de uma cama, no Hospital de Famalicão, integrado no Centro Hospitalar do Médio Ave.

A doente recebeu alta hospitalar na segunda-feira.

"Há outros doentes que estão há mais de 48 horas em macas nos corredores e numa sala sobrelotada à espera de passar para o internamento", lê-se ainda na notícia.

Suspensão de cirurgias em tempo de gripe é "totalmente normal"

O ministro da Saúde garante que a suspensão de cirurgias de rotina por falta de camas em períodos de gripe é "totalmente normal" e uma "boa prática dos hospitais" como o de Tondela-Viseu.

"Não há nenhuma novidade", respondeu Adalberto Campos Fernandes, quando questionado sobre o alerta feito esta terça-feira pelo Centro Hospitalar Tondela-Viseu, que poderá ter de cancelar cirurgias de rotina durante o plano de contingência por falta de camas para internamento.

Para o governante, "o que está a acontecer é totalmente normal, acontece sempre e é uma boa prática dos hospitais na gestão do seu contingente de internamento em termos de plano especial de Inverno".

Segundo o ministro da Saúde, "faz parte todos os anos" dos planos de contingência "poder diferir alguma cirurgia não urgente" e "acomodar esses doentes dentro de um quadro de flexibilidade e de elasticidade do sistema".

[notícia actualizada às 22h10]

Comentários
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  • Carla Fernandes
    06 jan, 2017 Vila Nova Famalicão 15:41
    Este é outro, mas de um médico é de mais.Já toda a gente sabe o que se passa.O governo não paga aos hospitais ou melhor não entrega verbas nos hospitais como devia. E o caos instalou-se.Não há médicos,porque não lhes pagam,não há medicamentos porque não pagam aos fornecedores,não há enfermeiros porque já trabalharam para o banco de horas e não lhes pagam nem lhes dão dias de férias,enfim um conjunto de problemas que têm origem no dinheiro que o governo tem em mão para dizer à UE por causa do défice .Tudo isto é politica, mas brincar com a vida do povo quando está doente não é sério. E um ministro que tutela este ministério é médico e por isso não devia prestar este papel condenável porque o que jurou foi dar vida aos doentes e não morte.Por isso ficava-lhe bem pedir a sua demissão,porque iria ficar melhor com a sua consciência.O 1º ministro o que quer é resultados para impressionar a UE e o BCE e ter tempo para tentar correr com os partidos que agora o apoiam e ganhar eleições.Quer ele saber que morrem 10 ou 20 ou trinta por falta de apoio médico.Ele é politico de 1ª linha e o que quer é poder.Agora um médico, como ministro, e tentar apagar a sujeira que o governo faz na saúde é muito mau.
  • joao123
    04 jan, 2017 lisboa 09:12
    Afinal foi para fazer disto que quiseram ir para o governo...?
  • Bruno
    04 jan, 2017 Estreito da Calheta-Madeira 08:11
    Exmo Senhor Ministro e Autoridade Nacional de Saúde, apelo a conhecerem e a resolverem, o ponto da situação como tem estado actual sistema de Saúde na Ilha da Madeira, onde falta desde há 3anos até à presente data (Janeiro 2017)vacinas do plano nacional de vacinação para as CRIANÇAS. Faltou na Ilha da Madeira Bolhetins de Vacinas para as crianças, onde as mães tiveram que tirar fotocópias para as enfermeiras registarem. Etc...etc... Questiono a V.Ex. onde está o direitos e deveres sociais nos termos previstos no Art.64(Saúde) da Constituição da República Portuguesa de 1976, na população da Ilha da Madeira ou Arquipélago da Madeira. Onde estão em causa a saúde dos madeirenses ou das pessoas que residem na Madeira; e estão em causa a criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice. Viver numa ilha, é viver limitado à aquisição de determinados bens, tudo é mais caro que em Portugal continen Cfr. http://www.dnoticias.pt/impressa/hemeroteca/diario-de-noticias/483450-servico-de-saude-sem-vacina-pentavac-ha-tres-semanas-CGDN483450
  • tuga
    04 jan, 2017 lisboa 07:57
    Isto acontece num país em que a sua politicada afirma que o país está preparado para receber mais dos chamados ""refugiados"" Seria muito bom estar preparado para cuidar dos portugueses primeiro!!,..... acho eu...não sei!!!!!!!!!
  • Artur
    04 jan, 2017 Trofa 03:35
    Basta reactivar o hospital se Santo Tirso para evitar esta vergonha . O Hospital de Famalicão é demasiado pequeno para servir tantos conselhos .
  • Miquelina da silva v
    04 jan, 2017 santo tirso 00:07
    Senhor ministro com todo o respeito, acho que o senhor devia visitar qualquer hospital sem avisar, nem da hora nem do dia, por certo ficaria sem fala.
  • h'ocanhão
    04 jan, 2017 Vila Real 00:03
    - Ministro considera "inadmissível" espera de seis dias por cama nas urgências de Famalicão -. Não estará em causa o tamanho da "cunha"? Sou do tempo em que o "tacho" era conforme o tamanho da "cunha". Será que esse tempo ressuscitou? Infelizmente, cada vez vejo mais o tempo da outra senhora.
  • iFernando
    03 jan, 2017 Porto 22:44
    6 dias? Costa quer acabar com o SNS!
  • jrmoura
    03 jan, 2017 lisboa 22:37
    A questão é que esta gente não têm capacidade para nada.

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