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Quatro palavras contra Almaraz: risco, mentira, ilegalidade e desrespeito

11 jan, 2017 - 11:29

Movimentos cívicos e ambientalistas marcaram para quinta-feira uma concentração em Lisboa, contra a construção de um novo armazém para resíduos nucleares e a continuação do funcionamento da central.

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Risco, mentira, ilegalidade e desrespeito. "As quatro razões ou palavras que escolhemos são sinónimo daquilo que este processo de continuação de funcionamento da central nuclear de Almaraz para nós significa", justifica o presidente da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero.

Movimentos cívicos e ambientalistas portugueses e espanhóis marcaram para quinta-feira uma concentração em Lisboa, contra a construção de um novo armazém para resíduos nucleares e a continuação do funcionamento da central, além de 2020.

Para Francisco Ferreira, "é fundamental apresentar junto das autoridades espanholas" a posição de vários grupos, incluindo os ambientalistas, "para que todos percebam no que consiste este episódio entre dois países que se deveriam dar bem, mas que, em relação à central de Almaraz, têm um profundo desacordo".

"Face a estas quatro palavras - risco, mentira, ilegalidade e desrespeito -", a Zero faz o seu apelo a que "haja uma grande participação das pessoas que não querem ver continuar uma ameaça de um risco crescente causado pela central nuclear de Almaraz".

Lembrando que esta é a central nuclear mais próxima de Portugal, situada a cerca de 100 quilómetros da fronteira, a Zero espera que o país vizinho "tenha uma diferente postura, relacionamento e atitude quanto ao prosseguimento do seu programa nuclear e escolha opções mais sustentáveis do ponto de vista energético".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou que os governos português e espanhol estão em contacto para "criar as condições" para que o ministro do Ambiente luso participe numa reunião em Madrid, na quinta-feira, sobre a central.

O parlamento português já aprovou, por unanimidade, um voto comum de condenação da opção de proceder à construção de uma central de armazenamento. "A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena a possibilidade de decisão do Governo espanhol sobre um projecto de construção de um armazém para resíduos nucleares em Almaraz, com evidentes impactos e riscos transfronteiriços, ignorando o Governo e a população de Portugal", refere o texto.

A central nuclear de Almaraz, a mais antiga de Espanha ainda em laboração, devia ter fechado em 2010.


Comentários
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  • fanã
    11 jan, 2017 aveiro 18:29
    Prazo de validade largamente ultrapassado, onde está a LEI ???????
  • JPRS
    11 jan, 2017 Lisboa 16:02
    Se, como na altura foi possível, tivéssemos sido sócios do projecto tínhamos tido algum benefício, assim só prejuízo...
  • AM
    11 jan, 2017 Lisboa 13:09
    Ainda me lembro do dia da inauguração da central nuclear, num momento em que o locutor espanhol, bebia um copo de agua no local de descarga do afluente...e a tv era a preto e branco. Se é tão boa, engarrafem a agua, e mandem de volta... "Agua del Almarraz"- fonte de la salud...
  • Paixao Lusitana
    11 jan, 2017 Povoa de Varzim 12:23
    Os nossos antepassados ja diziam:de Espanha nao vem bom vento nem bom casamento!!!

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