13 jan, 2017 - 10:46
Por causa da gripe aumentaram as chamadas para a Linha Saúde 24: uma subida de 150% face ao mesmo período do ano passado.
Os profissionais de saúde que prestam serviço neste atendimento telefónico estão a receber, em média, 3.500 chamadas por dia, revela ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença Sérgio Gomes, coordenador deste serviço.
“Estamos a atender cerca de 3.500 chamadas/dia. Do ponto de vista das situações de gripe, que é uma das avaliações que os nossos algoritmos comportam, estamos com cerca de 500-550 chamadas/dia”, detalha.
Sérgio Gomes garante que, apesar do aumento, o funcionamento não está sob “pressão”.
“Gostaríamos de atender mais, ajudar mais os serviços de saúde, particularmente as urgências. Aliás, um dos grandes objectivos do serviço quando foi criado em 2007- e já vamos fazer 10 anos – era reduzir a pressão sob os serviços de urgência e posso dizer que conseguimos”, acrescenta.
Dados da Direcção-geral da Saúde (DGS) revelam que, na primeira semana de Janeiro, morreram quase quatro mil pessoas, cerca do dobro de mortes registadas no mês passado. O frio que se fez sentir na semana de 1 a 8 de Janeiro, aliado ao vírus da gripe que circula este ano ser particularmente nocivo para os mais idosos, pode ser uma das razões que explicam o fenómeno.
Questionado as criticas que têm sido feitas à Linha Saúde 24, nomeadamente pelo bastonário da Ordem dos Médicos que chegou até a defender a extinção do serviço, o coordenador da linha responde com a taxa de satisfação de quem liga.
“O serviço tem um grau de satisfação por parte dos utentes superior a 95%. Nós temos um perfil de atendimento muito ligado entre as 17h00 e as 2h00, ou seja, é quando os outros serviços de saúde, nomeadamente os cuidados de saúde primários, estão encerrados”, garante Sérgio Gomes.