Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Adesão de 90% à greve na saúde. Há médicos a fazer o trabalho dos auxiliares

20 jan, 2017 - 10:19

Ausência de funcionários está a obrigar ao cancelamento de consultas e cirurgias. Paralisação não afecta médicos nem enfermeiros, mas muitos serviços estão a meio gás.

A+ / A-

A greve desta sexta-feira dos trabalhadores da saúde está a ter um elevado nível de adesão, atingindo nalguns hospitais os 100%, segundo os sindicatos.

“Contudo, estamos a perspectivar, no final da greve e ao nível nacional e global, uma adesão de 80/90%", afirmou o dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Luís Pesca, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Segundo o sindicalista, até às 9h30, os números apontavam para uma adesão de 85% no Hospital do Barreiro, 95% no Litoral Alentejano, 50% em Évora, 78% na Covilhã, 50% em Faro, 80% em Portimão e 100% em Lagos.

Ao longo da manhã, a Renascença fez reportagem em alguns hospitais do Porto e de Lisboa e era visível a confusão entre os utentes. Os sectores mais afectados são os das consultas externas e dos tratamentos que necessitam de senhas, dado que não há funcionários para as fornecer.

No Hospital de São João, no Porto, a alternativa ao guiché vazio era retirar a vez numa máquina automática, junto às quais as filas aumentavam, além de ser um procedimento mais complicado para as pessoas mais idosos.

No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, as máquinas de distribuição de senhas foram viradas para a parede, dando a entender que não podem ser utilizadas. A situação causou confusão entre os utentes, porque as pessoas não percebiam se podiam tirar senha, se os serviços estariam a funcionar, se podiam ter consulta, se podiam fazer os exames.

A meio da manhã, a situação ficou mais calma. As pessoas entenderam o que passava e muitas foram embora, incluindo doentes que chegaram de longe, como Faro e Braga, para ter consulta.

Ainda neste hospital, e por falta de auxiliares, são os próprios médicos que vão à sala de espera chamar os doentes.

Os trabalhadores da saúde estão em greve para reivindicar a admissão de novos profissionais, exigir a criação de carreiras e a aplicação das 35 horas semanais a todos os funcionários do sector.

Os serviços mínimos estão a ser cumpridos. "Estou no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e posso dizer que os serviços estão caóticos. Estão apenas a ser cumpridos os serviços mínimos. Temos um nível de adesão muito elevado, tal como no turno da noite", disse o sindicalista Luís Pesca, cerca das 10h00.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • RR/A CENSURA
    20 jan, 2017 Do RQTP 17:22
    É verdade Carlos Gonçalves. Toda a gente se calou no tempo do passos. Até a comunicação social, enquanto este fantoche , não sei se a RR, vai publicar. Fazia todas as imposições da troika e do rodinhas e até ia mais longe. Agora anda toda a gente a falar da geringonça. Não é que não apoio a luta pelos direitos dos trabalhadores, mas já deviam ter se manifestado no tempo do coelho. Ele cortou subsídios, retirou feriados, aumentou mais uma hora, tudo de borla, cortou direitos, facilitou os despedimentos e desrespeitou a dignidade dos trabalhadores, meteu o privado contra o público, influenciou a cabeça dos tolos, é claro, porque só um tolo podia ir na conversa dele e ficar contra os benefícios que alguns consideram que uma classe de trabalhadores têm, que até deixaram de ser, para calarem a falta de direitos de outros. Ah, isto tudo com o apoio do cavaco, esta múmia, que foi sempre apoiante dos salários precários. Eu dou-te toda a razão, independentemente do partido de que apoias. Agora como falo a criticar o passos coelho não vão publicar o meu comentário. RR Fascista!
  • Alcide
    20 jan, 2017 setubal 13:59
    E já lhes caíram os parentes na lama?
  • Carlos Gonçalves
    20 jan, 2017 Seixal 13:28
    Não sei porque não fizeram greve no tempo do passos e companhia, que os roubaram a torto e a direito... cambada!!! O PCP continua infiltrado nos sindicatos. Para isto as pessoas já seguem as diretivas desse partido...

Destaques V+