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Greve na saúde. Se tem consulta ou cirurgia programada, confirme antes

20 jan, 2017 - 06:28

Sindicato fala numa adesão de 100% em vários hospitais, segundo os sindicatos. Os médicos e enfermeiros ficam de fora do protesto.

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A greve dos trabalhadores da saúde está a ter uma adesão de 100% em vários hospitais do norte, centro e Lisboa, disse esta sexta-feira Luís Pesca, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Os trabalhadores da saúde estão esta sexta-feira a cumprir uma greve a nível nacional para reivindicar a admissão de novos profissionais, exigir a criação de carreiras e a aplicação das 35 horas semanais a todos os funcionários do sector.

"Na zona norte do país temos o Hospital de Gaia, Hospital Pedro Hispano, de Matosinhos, o Hospital de Barcelos, o Hospital de Guimarães, o São João, o Santo António (Porto) e o Hospital de Chaves com 100% de adesão à greve e apenas a prestar serviços mínimos", disse Luís Pesca.

Segundo a mesma fonte, na zona centro, nos "hospitais dos centros hospitalares de Coimbra, do Baixo Vouga, Douro e Vouga, Leiria, Oeste, Tondela e Viseu também com 100% e apenas a garantir os serviços mínimos".

"O Hospital da Figueira e IPO de Coimbra também a prestar serviços mínimos", referiu.

Segundo um comunicado enviado durante a madrugada, em Lisboa, no turno da noite, os hospitais de Santa Maria e de São José registaram adesões à greve de 80% e 95%, enquanto o Hospital da Estefânia e a Maternidade Alfredo da Costa estavam com 100% de adesão à greve, encontrando-se todos em serviços mínimos.

Já na Grande Lisboa, houve uma adesão de 90% no Hospital Amadora-Sintra e de 100% no São Francisco Xavier e no Beatriz Ângelo (Loures).

No Alentejo, os únicos dados disponíveis sobre a adesão à greve dos trabalhadores da saúde durante a madrugada eram relativos ao Hospital de Beja, onde foi registada uma adesão de 90%. Do Algarve não foram disponibilizados dados até às 3h00 de hoje.

O que está a ser reivindicado?

Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), a paralisação pretende ainda reclamar que terminem os cortes nos pagamentos das horas de qualidade e do trabalho suplementar.

A criação da carreira de técnico auxiliar de saúde é um dos motivos centrais da greve, que pretende ainda a revisão e valorização das carreiras de técnicos de diagnóstico e terapêutica e a garantia de que a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar tem de imediato a respetiva revalorização salarial.

É ainda reivindicado o pagamento do abono para falhas e a aplicação do vínculo público de nomeação a todos os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Sobre a exigência da admissão de mais trabalhadores, a Federação de Sindicatos estima que estejam em falta no SNS cerca de seis mil funcionários auxiliares e administrativos.

O pré-aviso de greve abrange todos os trabalhadores de saúde, mas é uma greve destinada a todos os trabalhadores da saúde que não sejam médicos ou enfermeiros, apesar de estes profissionais poderem aderir caso o entendam, segundo explicou à agência Lusa o dirigente da Federação, Luís Pesca.

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