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Refugiados yazidi. Acusação grega “é completamente absurda"

25 jan, 2017 - 08:24

A Grécia acusa Portugal de discriminação a favor dos refugiados yazidi. Eurodeputada Ana Gomes explica à Renascença que “isto não faz nenhum sentido”.

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A eurodeputada Ana Gomes, que se tem mobilizado em torno da causa do acolhimento de refugiados na Europa, reage com indignação à acusação de discriminação feita pelo executivo grego a Portugal.

“É completamente absurda e a prova está em que Portugal tem recebido refugiados de qualquer etnia, religião ou proveniência, muitos deles vindos da Grécia”, começa por dizer à Renascença.

Ana Gomes explica que “a acusação não é nova”, uma vez que, em Setembro, o ministro grego responsável pela questão dos refugiados, Ioannis Mouzalas, já a tinha lançado numa carta dirigida à eurodeputada portuguesa e ao eurodeputado Josef Weidenholzer, que colabora com Ana Gomes “na questão dos yazidis”.

Nessa carta, Mouzalas sustentava que “se tivesse de dar prioridade aos yazidis, estaria a violar a directiva europeia que diz que não pode haver discriminação. No entanto, se obtivéssemos uma interpretação diferente do Parlamento Europeu, ele consideraria”.

“Nós respondemos-lhe 15 dias depois com uma carta assinada por nós e pelo presidente da comissão das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos – a comissão do Parlamento Europeu que tem a competência nestas matérias – a dizer que não haveria qualquer discriminação e que, pelo contrário, se aplicaria claramente a directiva, que prevê num dos artigos a situação de pessoas vulneráveis, com especiais necessidades, a quem deve ser dada prioridade”, conta ainda Ana Gomes.

A eurodeputada conclui, assim, que a mais recente acusação de discriminação é o culminar das reservas que o Governo grego tem vindo a manifestar nesta matéria, ao ponto de ter motivado a intervenção do Parlamento Europeu.

Promete, por isso, “pôr cá fora hoje a troca de cartas que tivemos com o ministro Mouzalas em Setembro e Outubro e onde ele utiliza esse argumento da discriminação e onde esse argumento lhe é claramente refutado”.

“Isto não faz nenhum sentido”, sublinha Ana Gomes, “porque Portugal não pediu refugiados yazidis; Portugal está disponível para receber refugiados e disse que estaria aberto a receber yazidis, porque estava a ser solicitado para isso por dois deputados do Parlamento Europeu, um deles eu”.

No entender da eurodeputada, “se a Grécia quer, de facto, fazer deslocar refugiados para outros países, tem de começar por algum lado”.

A comunidade yazidi chegava a “cerca de 1.700” pessoas no Norte da Grécia, “divididos em dois campos” e, em Setembro, “já cerca de 600 pessoas tinham indicado Portugal como um país onde poderiam ser recolocadas”.

“Porque é que nessa altura nem um processo tinha sido submetido a Portugal?”, questiona.

A notícia da posição grega face à disponibilidade de Portugal para receber estes refugiados surgiu na terça-feira à noite pela agência Associated Press, segundo a qual o Governo grego não aceita o pedido português para receber refugiados yazidi (minoria especialmente perseguida no Iraque e na Síria pelo autoproclamado Estado Islâmico) por considerar que a oferta é injusta para os refugiados de outras etnias.

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  • António Pais
    25 jan, 2017 Lisboa 09:57
    Ops... parece que tb nos refugiados há os de primeira e segunda... E as declarações dos responsáveis portugueses a justificar o obvío são rídiculas. Esta Ana Gomes é tão competente quanto a filha. Por outro lado, até concordo, se têm de vir por imposição que se escolham... Mas afinal não os poderíamos receber todos?? Afinal há casas vazias/desocupadas dos portugueses, sejam de férias ou segunda habitação.Era só fazer um decreto a obrigar, obrigar parece mal, a pedir solidariedade, e instalar essa malta toda. Já agora que os trabalhadores tenham mais produtividade, e descontem mais um pouco por solidariedade. Ahh e não esquecer de Africa, também há uns milhões que não estão tanto na moda como o médio oriente.
  • Ed
    25 jan, 2017 Lisboa 09:56
    Então os vossos amigos komunas dizem uma coisa dessas??
  • António Pais
    25 jan, 2017 Lisboa 09:51
    Ops... parece que tb nos refugiados há os de primeira e segunda... E as declarações dos responsáveis portugueses a justificar o obvío são rídiculas. Esta Ana Gomes é tão competente quanto a filha. Por outro lado, até concordo, se têm de vir por imposição que se escolham... Mas afinal não os poderíamos receber todos?? Afinal há casas vazias/desocupadas dos portugueses, sejam de férias ou segunda habitação.Era só fazer um decreto a obrigar, obrigar parece mal, a pedir solidariedade, e instalar essa malta toda. Já agora que os trabalhadores tenham mais produtividade, e descontem mais um pouco por solidariedade. Ahh e não esquecer de Africa, também há uns milhões que não estão tanto na moda como o médio oriente.
  • ORABOLAS
    25 jan, 2017 LEIRIA 09:37
    ....credo....assim de repente parecia-me o Herman José.........ufffffffff
  • Lusitano
    25 jan, 2017 Golegã 09:12
    Acho muito bem que não queiram mandar essa gente. Fiquem com eles todos lá na Grécia ou no raio que os parta.
  • Zé Povinho
    25 jan, 2017 Lisboa 08:59
    Epá, ó Gregos....fiquem lá com os refugiados! E não se ponham lá com muitas esquezitices, porque senão, fechamos as portas e não aceitamos mais ninguém, ok?

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