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Escola Alexandre Herculano. “Mudança de alunos só com data para início das obras”

26 jan, 2017 - 22:48

O estado de degradação do velho liceu da zona oriental do Porto é notável e já em 2009 a Parque Escolar reconhecia a urgência de obras.

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Escola Alexandre Herculano encerrada devido à chuva
Escola Alexandre Herculano encerrada devido à chuva

Pais, professores e alunos não aceitam ser deslocados para outras escolas enquanto não houver um compromisso do Ministério da Educação com uma data para o início das obras na escola Alexandre Herculano, onde as aulas estão suspensas por falta de condições.

A suspensão foi decidida na quinta-feira pelo Ministério – “em articulação com a direcção da Escola, tendo sido comunicada aos encarregados de educação", segundo nota oficial – e prolonga-se até à próxima segunda-feira. O objectivo é acautelar as condições de segurança dos quase 900 alunos.

Ouvida pela Renascença, a presidente da associação de pais, Paula Nogueira, garante que os alunos só voltam às salas de aula quando estiverem reunidas todas as condições de segurança.

“Decidimos que não íamos permitir – ou antes, íamos apelar a que os pais não levassem os filhos à escola para serem garantidas todas as condições de segurança. Iremos, amanhã de manhã [sexta-feira], por volta das 9 horas ter uma reunião com Delegado Regional de Educação do Norte para ver o que é que podemos resolver para que as condições de segurança sejam definidas", explicou.

A reunião envolve ainda os professores e os alunos.

Já sobre a hipótese de os estudantes virem a ser distribuídos pelo agrupamento escolar ou transferidos para outra escola, Paula Nogueira não a vê com bons olhos: "Não achamos de todo viável por causa dos horários. Acho que não vai ser solução”, disse na quinta-feira.

Esta sexta-feira de manhã, também à Renascença, afirmou que “a mudança de alunos só pode ser de modo transitória, mas com uma data definida para o início das obras. Isso é o ponto crucial em cima da mesa”.

A mesma garantia reivindicam os professores. “Poderemos até ponderar a hipótese de deslocação para um dos estabelecimentos, fala-se na Ramalho Ortigão, mas nunca sem haver um compromisso firmado de que, de facto, é provisório e de que, a partir de determinada data, voltaremos a este edifício”, afirma Elsa Novais.

“Não se está a pedir demasiado, só se está a pedir condições razoáveis para poder trabalhar. Enviarem-nos para um edifício sem fim à vista ou sem um compromisso muito vincado de que de facto é só provisório e para regressar quando as obras estiverem terminadas, sem isso julgo que ninguém estará na disposição de aceitar essa proposta”, sublinha.

O Ministério da Educação já garantiu, por seu lado, estar a estudar uma solução imediata para que seja possível retomar as aulas na Escola Secundária Alexandre Herculano no Porto.

A queda de chuva no interior do edifício levou, na quinta-feira, à suspensão das aulas e ao encerramento do estabelecimento. A decisão foi tomada por iniciativa dos alunos e confirmada pelo director da escola.

A sub-directora da escola, Fátima Gama, explicou por que os alunos se recusaram a entrar nas salas. "Chovia em muitas salas, chove no corredor, o ginásio pequeno tem dois buracos e há uma ala fechada por causa da humidade".

O estado de degradação do velho liceu da zona oriental da cidade é visível e já em 2009 a Parque Escolar reconhecia a urgência de obras, mas nada avançou por falta de verba.

Desde então, sucederam-se os alertas para a necessidade de recuperar o edifício com mais de cem anos e foi mesmo lançada uma petição, "Não deixamos cair o Alexandre", que exigia obras na escola.


[Notícia actualizada às 10h20 de sexta-feira]

Comentários
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  • Não sabia
    27 jan, 2017 lis 13:50
    Que o governo anterior dos Pafosos tinha acabado com a realização das obras previstas em 2011 nesta escola e em mais 38 escolas do país!!...A hipocrisia é muita em virem agora fazerem aproveitamento politico, quando são os principais responsáveis desta situação! Portanto as obras não avançaram, não em 2009, mas sim em 2011!...
  • Não sabia
    27 jan, 2017 lis 13:50
    Isto é como a Caixa, o Novo Banco, o Banif! Os Pafosos varreram para debaixo do tapete tudo o que era "despesa", no vocabulário deles! Uma "Saída limpa"!... Os outros que viessem a seguir que se lixassem!...
  • Pior
    27 jan, 2017 Lis 09:23
    Seria se tivessem levado com uma avalanche de neve e tivessem ficado soterrados!... A forma alarmista como são dadas certas noticias são um espanto! Fazem de assuntos resoluveis como se tratassem de grandes desgraças. Qual será a finalidade de certo jornalismo? Ainda falam das redes sociais!...

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