01 fev, 2017 - 13:37
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O presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco disse esta quarta-feira à agência Lusa que está a apetrechar o hospital local com comprimidos de iodo face ao risco de um eventual incidente nuclear na central espanhola de Almaraz.
"A farmácia do Hospital Amato Lusitano (HAL) já pediu e está a apetrechar-se com os comprimidos de iodo necessários, que virão de um laboratório austríaco", explicou o presidente da ULS de Castelo Branco, Vieira Pires.
O Movimento Ibérico Anti-Nuclear (MIA) tinha alertado para a necessidade de se disponibilizar pastilhas de iodo à população que está a 100 quilómetros da central nuclear espanhola de Almaraz.
Numa carta dirigida ao Governo, o MIA dava como exemplo o caso da Bélgica, país onde, por decreto governamental, foi decidido que todos os habitantes num raio de 100 quilómetros das centrais nucleares devem ser abastecidos de pastilhas de iodo com o objectivo saturar a tiróide em caso de acidente nuclear.
Questionado sobre a existência de condições por parte da ULS, para fazer face a um eventual incidente nuclear, Vieira Pires explicou à Lusa que esta unidade está integrada numa estrutura vertical da qual fazem parte a Proteçcão Civil, o Ministério do Ambiente e a Direcção-Geral de Saúde (DGS)].
"Nós [ULS] limitamo-nos a dar os meios. Os meios que nos dizem respeito, como recursos humanos e medicação, temos" frisou.
Este responsável adiantou ainda que os comprimidos de iodo, para serem vendidos na farmácia do HAL, têm que estar registados na Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
"Já estão [comprimidos de iodo] registados desde 2015 no Infarmed", concluiu.