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Governo anuncia recomeço dos cursos de comandos a partir de Abril

01 fev, 2017 - 13:41

Exército anunciou a reformulação dos procedimentos de avaliação médica e meios auxiliares de diagnóstico aos candidatos aos cursos das tropas especiais (comandos, paraquedistas e operações especiais).

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O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, afirmou esta quarta-feira que o Exército deverá retomar o curso da especialidade de Comando a partir de Abril, depois de aprovada uma "nova abordagem do processo de treino e formação".

"Todos os prazos foram respeitados, nos tempos previamente determinados. Significa que quando as medidas hoje anunciadas tiverem sido executadas, nada obstará, em princípio, a que se retomem os cursos de Comandos, coisa que eu prevejo que venha a ocorrer a partir de Abril", declarou.

José Azeredo Lopes falava aos jornalistas à saída da audição na comissão parlamentar de Defesa, após questionado sobre as medidas anunciadas esta quarta-feira pelo Exército, em comunicado, na sequência da reformulação dos procedimentos de avaliação médica e meios auxiliares de diagnóstico aos candidatos aos cursos das tropas especiais (comandos, paraquedistas e operações especiais).

Azeredo Lopes destacou "pela positiva" que, em primeiro lugar, a morte de dois formandos no 127.º curso, em 2016, "não ia ficar sem resposta", decorrendo ainda processos judiciais.

Em segundo lugar, acrescentou, o Exército mandou suspender a realização de novos cursos para avaliar "o que pudesse ter corrido mal em termos de procedimentos", que passou por "uma avaliação ao processo de formação" e à necessidade de "corrigir o referencial que determina os processos de formação".

"Se tudo correr como até agora, normalmente, a partir de Abril será possível retomar os cursos de Comandos agora com esta nova abordagem do processo de treino e formação", disse.

Na sequência da morte dos dois formandos foi ordenada uma inspeção técnica extraordinária ao curso de comandos, que decorreu entre Setembro e Novembro, cujo relatório foi concluído a 5 de Dezembro.

A realização de um novo curso, o 128.º, exigirá uma ordem nesse sentido por parte do Chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, que suspendeu novos cursos até à conclusão das medidas previstas na sequência daqueles relatórios.

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  • A. Aveiro
    01 fev, 2017 Aveiro 16:51
    As tropas especiais nunca deviam depender do exército mas sim dos ramos de que dependem logisticamente. A única tropa especial bem enquadrada no ramos das forças armadas são os fuzileiros. Pois dependem da marinha para as suas operações, tal como a marinha depende dos fuzileiros para sua defesa. Mas nos paraquedistas é uma aberração, dependem da força aérea para cumprirem a missão para o qual são treinados e depois sem qualquer outro vinculo, pertencem ao exército. Tudo isto só pode ter uma explicação, será que isto interessa no caso de promoções?.. Fica a duvida... Como sabemos o exercito ocupa muitos cargos, inclusive o do comando geral de certas forças de segurança. Resumindo, o saber a competência está no exercito. Para bem e credibilidade das instituições, cada um deve ocupar o cargo para aquilo que foi formado. Um mecânico não ocupa o lugar de um médico nem o médico o lugar do mecânico. Por isso, os paraquedistas devem fazer parte da força aérea, tal como no passado fizeram, pois são preparados e formados para operações ligadas à boa operacionalidade da logística da força aérea, só com o conhecimento e meios da força aérea é que os paraquedistas podem ter sucesso operacional. Mas este assunto pertence aos nossos políticos, que muitos deles nunca foram militares, dai, conhecimento máximo sobre o assunto...
  • 01 fev, 2017 15:59
    Só existe uma forma de os instruendos comandos não morrerem naquela prova, que há 28 anos se designava como "Prova de Choque" e era realizada no Campo Militar de Santa Margarida, é manter o balanço hídrico dos instruendos próximo de zero ou cumprir e fazer cumprir a Ficha de Instrução aprovada pelo General Comandante de Instrução e Doutrina. Qualquer intervenção que não permita ou verifique a execução desta condição, é uma acção dolosa que é do conhecimento da hierarquia militar há décadas! Não é necessário provas médicas mais exigentes, basta acusar de homícídio com prisão efectiva os instrutores, os oficiais supervisores e os comandantes e o problema fica resolvido. Os enfermeiros que dão apoio a esta prova se porventura tivessem a iniciativa de chamar o 112, seriam severamente punidos com argumentações anedóticas sem que fosse questionado a formação em enfermagem militar (que os políticos e generais extinguiram no início do séc. XXI).
  • Francisco
    01 fev, 2017 Porto 15:34
    Até que enfim, vamos ter mais "sapadores" para combatermos os incêndios, limpar os mares, as praias, etc. hmmmm ?
  • Hugo
    01 fev, 2017 Pombal 14:26
    É engraçado que nos fuzileiros ( melhores forças especiais portuguesas) não ha registos de mortes absurdas destas. ..

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