01 fev, 2017 - 09:53
Cerca de 300 alunos do 7.º e 8.º anos da Escola Alexandre Herculano, no Porto, que na passada quinta-feira foi encerrada por chover nas salas de aula, foram esta quarta-feira transferidos para a Ramalho Ortigão.
Em declarações à agência Lusa, o director da Escola Alexandre Herculano, Manuel Lima, garantiu que a Ramalho Ortigão, uma escola do mesmo agrupamento que fica a cerca de um quilómetro de distância, reúne todas as condições para acolher os alunos, na medida em que estes são acompanhados dos professores e pessoal auxiliar.
Segundo afirmou, a escola tem as condições físicas necessárias ao nível das salas, ginásio e cantina.
Ainda de acordo com Manuel Lima, cerca de 600 estudantes permanecem na Alexandre Herculano, mas em salas onde não chove e que reúnem todas as condições indispensáveis para que as aulas decorram com normalidade.
Desde que encerrou, a escola tem sido alvo de algumas obras mais urgentes, embora Manuel Lima desconheça o calendário para a realização dos trabalhos maiores de reabilitação do edifício. “Isso só o Ministério da Educação poderá revelar”, disse o responsável.
A falta de condições na Alexandre Herculano - projectada pelo arquitecto Marques da Silva (1869 -1947), autor da estação ferroviária de São Bento e da Casa de Serralves, e classificada como imóvel de interesse público -, obrigou ao seu encerramento na quinta-feira.
A decisão foi tomada pelo director da escola, Manuel Lima, face às más condições em que se encontram alguns espaços do edifício.
Na sexta-feira, após uma reunião com a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, a direcção do estabelecimento anunciou que foi decidido deslocar os estudantes dos 7.º e 8.º anos de escolaridade para a Escola Ramalho Ortigão.
Quanto aos alunos dos restantes graus de ensino – entre o 9.º e o 12.º ano, bem como período nocturno -, estão a regressar à Alexandre Herculano faseadamente, depois de, também na sexta-feira, a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, ter visitado o equipamento escolar e anunciado "obras urgentes".
A governante também referiu que só a autarquia tem acesso aos seis milhões de euros inscritos nos fundos do programa 2020 que podem servir para as obras de requalificação da Escola Alexandre Herculano.