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Petição contra peso nas mochilas ultrapassa meta: mais de 27 mil já assinaram

07 fev, 2017 - 11:28

Signatários pretendiam atingir as 20 mil para obrigar os deputados a legislar sobre o assunto. O peso não deve ultrapassar os 10% do peso corporal das crianças.

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Mais de 27.000 pessoas já assinaram a petição contra o peso das mochilas escolares, um número que agrada aos promotores, satisfeitos com a preocupação já manifestada pelos partidos e pelos livreiros, que se mostraram disponíveis para ajudar na solução.

Em declarações à agência Lusa, o actor José Wallenstein, um dos promotores da iniciativa, manifestou agrado com o aumento de assinaturas nos últimos dias de uma petição que arrancou a meio de Janeiro com o objectivo de atingir as 20.000 assinaturas para ter "alguma dimensão" quando entrar na Assembleia da República.

"Foi excelente este aumento e foi excelente a preocupação manifestada pelos partidos que já vi nalguns jornais", disse Wallenstein, que pretende agora confirmar que todas as assinaturas estão recolhidas segundo as regras, para que nada falhe aquando da entrega no parlamento.

"Provavelmente vou deixar subir um pouco mais para chegar às 30.000. Por vezes as pessoas aderem, mas não preenchem todos os campos necessários e depois as assinaturas podem não contar", acrescentou.

Livreiros solidários

Numa nota enviada às redacções, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros manifesta-se solidária com a preocupação e diz que os editores escolares "têm investido bastante na procura das melhores soluções no que diz respeito aos manuais".

"Ao longo dos últimos anos, os editores escolares tomaram algumas medidas, como a divisão de alguns dos seus manuais em dois ou três volumes, pese embora isso constitua um acréscimo adicional nos custos de produção que não se reflete no preço final dos livros escolares", recorda a APEL.

Outra das medidas apontadas pela APEL é o investimento noutras soluções, para além da criação de volumes, "tais como o tipo de papel, utilizando papeis mais leves, sem nunca afectar a qualidade dos manuais e a sua utilização plena, nomeadamente, no que concerne à leitura".

Os editores e livreiros manifestam ainda a "total abertura e disponibilidade para colaborar na definição das melhores soluções" e dizem que irão continuar a "fazer tudo o que estiver ao seu alcance para responder à questão do peso das mochilas e minimizar ao máximo as consequências negativas no presente e no futuro dos alunos portugueses".

A petição é subscrita por especialistas em ortopedia, médicos fisiatras, a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e pela Confederação Nacional das Associações de Pais, entre outras organizações.

Os autores pedem urgência na resolução do problema e propõem, entre outras medidas, que se legisle no sentido de definir que o peso das mochilas escolares não deve ultrapassar os 10% do peso corporal das crianças, tal como sugerido por associações europeias e americanas.

Na petição defende-se a obrigatoriedade de as escolas pesarem as mochilas das crianças semanalmente, de forma a avaliarem "se os pais estão conscientes desta problemática e se fazem a sua parte no sentido de minimizar o peso que os filhos carregam".

"Para tal, cada sala de aula deverá contemplar uma balança digital, algo que já é comum em muitas escolas, devendo ser vistoriada anualmente", acrescentam os signatários.

Comentários
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  • maria marques
    14 fev, 2017 caldas da rainha 14:36
    Sou contra o peso das mochilas,e contra trabalhos para casa ,os tempos são diferentes mt.pais não sabem para ajudar os filhos, alem de que o trabalho dos pais hoje em dia também tb é mais dificil longe etc .quando se chega a casa tem de se fazer ,jantar ,banhos , almoço p,dia seguinte etc estar um pouquinho com os filhos sem a pressão dos trabalhos de casa .Passei por isso há 20anos com 2 filhas ao mesmo tempo e ainda hoje não esqueci o que passei e sem perceber—mos mt bem da matéria foi horrivel não desejo a ninguém por isso sou a favor de que se acabe c/os tpc e o peso das mochilas devem fazer na escola
  • Luis
    07 fev, 2017 Lisboa 13:46
    As mochilas militares normalmente têm um peso que ronda os trinta quilos. Devem querer já prepará-los para o serviço militar. Nada é importante. Importante, mas mesmo importante é manter o chorudo negócio das editoras de livros escolares. Mas para isso temos na AR os senhores deputados a defenderem esses interesses.
  • aaa
    07 fev, 2017 Lisboa 13:44
    "têm investido bastante na procura das melhores soluções no que diz respeito aos manuais". BULLSHIT!!!! Cada vez fazem mais manuais!
  • Miguel
    07 fev, 2017 Faro 13:32
    Agora virou moda as petições...... Estamos na era digital, será que já não é altura de os que decidem pensarem em formatos digitais.?! Ou então colocar cacifos nas escolas e colocar os alunos a fazerem os trabalhos adicionais na Escola, assim fica tudo que é pesado nos cacifos
  • FAAR
    07 fev, 2017 STR 13:26
    Palhaçada de petição e do ênfase que estão a dar a esta noticia. Toda a vida se viu peso nas mochilas dos alunos, hoje tenho 40 anos e nos meus tempos de escola já carregava nas costas kilos de livros, ainda por cima as distâncias nas caminhadas desde os locais dos transportes públicos até à escola. Hoje em dia que quase 80% dos alunos vão nos carros dos papás até à porta da escola, é que estão preocupados com o peso das mochilas... Em vez de se preocuparem com as mochilas, deviam de fazer petições para o melhoramento do ensino nas escolas e nas condições dos alunos em algumas escolas, isto sim seria uma excelente iniciativa.
  • filipe
    07 fev, 2017 évora 13:23
    Este caso mostra o completo analfabetismo dos pais em relação aluno escola , pois no meu tempo , o número de disciplinas era o mesmo ou até maior e os livros pesavam mais , pois não se utilizavam papeis reciclados mais finos . O que acontecia era que havia o cuidado no dia antes de saber o que era realmente preciso para o dia seguinte e só se colocava dentro da mala o necessário . Hoje , as mochilas andam cheias com tudo relativo à semana de escola e chega-se a casa e mete-se para o lado para o dia seguinte , pois já nem querem os TPC´s para não terem que abrir as mochilas e perderem tempo com os filhos . A interação entre pais e filhos passou a ser 10% e cerca de 70% é agora ocupado nas redes sociais e jogos com os dedos , não admira a obesidade cada vez mais declarada na juventude .
  • rosinda
    07 fev, 2017 palmela 13:16
    Destes crimes o hernani carvalho nao fala! E mais facil dos crimes do ze povinho! Os crimes do ze povinho nao devem ser tratados na cronica criminal devem ser tratados na cronica regional e para isso que existe o jornal das regioes! As televisoes deviam chamar espaco regional a esse tipo de programas!
  • rosinda
    07 fev, 2017 palmela 12:55
    E preciso fazer uma peticao para acabar com aquilo que eu considero um crime!
  • ze
    07 fev, 2017 lisboa 12:22
    Na minha infância (Na África do Sul), os cadernos eram da escola! Na minha mochila só ia para casa 1 caderno por dia... , ou seja, segunda era TPC para Matemática, Terça TPC para História .. e por ai!! Pois ter aulas durante o dia e ir para casa fazer TPC não há paxorra. Se fizerem todos os dias os TPC pelo menos a uma disciplina já é muito BOM! À tarde era sempre actividades físcias (natação, cricket, futebol, ténis...) e por ai Não é preciso ser muito experto para entender que o nosso sistema é uma m*

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