Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Bastonário. Médicos vão ter tempos mínimos para ver os doentes

08 fev, 2017 - 08:03

"A pressão sobre os médicos para que atendam muitos doentes em pouco tempo tem de ser aliviada", diz Miguel Guimarães, que toma posse esta quarta-feira.

A+ / A-

A Ordem dos Médicos vai fixar tempos mínimos de consultas, que podem variar em função da especialidade. A promessa é do novo bastonário que toma posse esta quarta-feira.

Em entrevista ao jornal “Público”, Miguel Guimarães diz que os colégios da especialidade da Ordem dos Médicos vão determinar com “bom senso” os tempos mínimos aceitáveis.

“Actualmente, os tempos de consulta são muito curtos”, lamenta o urologista do Porto, de 55 anos.

“Há um grande abuso por parte de algumas unidades de saúde que marcam consultas com vários doentes em tempos simultâneos ou com intervalos muito curtos”, diz o novo bastonário, recordando que em 2015 houve quem se queixasse de ter de ver seis doentes por hora.

Para delimitar o período vão ser tidos em conta alguns factores: a necessidade de fazer um exame clínico, de se esclarecerem dúvidas e de explicar ao doente o que lhe vai ser feito, além das questões relacionadas com os sistemas informáticos.

“A pressão sobre os médicos para que atendam muitos doentes em pouco tempo tem de ser aliviada”, e, para isso, são necessários mais profissionais no Serviço Nacional de Saúde.

Nestas declarações, Miguel Guimarães lembra que o número de internos (médicos que estão a fazer a especialidade) representa já cerca de um terço do total dos profissionais nos centros de saúde e hospitais públicos. Ao mesmo tempo, actualmente “haverá entre 12 a 13 mil médicos a trabalhar em exclusivo no sector privado, esta taxa aumentou brutalmente, e a taxa de emigração também é elevadíssima”.

Face a este panorama garante que vai bater-se para que sejam criadas “as condições de trabalho necessárias para manter os jovens médicos no país, preferencialmente no SNS”.


Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • fanã
    08 fev, 2017 aveiro 15:29
    É simples...........mais Médicos nos Centros de Saúde e Hospitais Públicos , consoante o numero de utentes e períodos críticos . Identificar uma simples gripe demora muito menos tempo que identificar e suspeitar um problema oncológico por exemplo , portanto não se trata de "fixar tempos mínimos, ou então terá também que fixar tempos máximos, e mesmo assim !!!!!!!
  • Luis Fernando Santos
    08 fev, 2017 Monsanto 10:34
    Eu já contribui para se alcançarem esses tempos mínimos. Fui a uma consulta de ortopedia no CHMT, pela qual esperei um ano e meio e que durou 2 minutos.
  • Maria
    08 fev, 2017 nw1 9ss 10:31
    Em Inglaterra a practica de ver o doente em minimo ja existe ha 10 anos pelo menos. ! Mas ontem o Ministro de saude veio dizer a televisao que nao deu resultado. Nao da tempo suficiente para fazer um diagnostico correto. E que os minimos de tempo deve ser deixado ao criterio dos medicos...
  • Justo
    08 fev, 2017 Leiria 10:15
    Faz coisa, que a Bastonária dos Contabilistas Não Faz: Defender os seus membros!
  • Rui
    08 fev, 2017 Braga 09:46
    Os médicos que entrem ao serviço a tempo e horas de acordo com os horários estipulados nos Centros de Saúde, dessa forma já não há atrasos nem são precisos tempos mínimos!

Destaques V+