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Presidência da República recebe petição que pede estratégia nacional sobre sem-abrigo

08 fev, 2017 - 08:55

É preciso “reforçar e consolidar” a ideia de que é um “problema complexo” que tem de ser trabalhado de uma forma integrada.

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A Comunidade Vida e Paz entrega esta quarta-feira na Presidência da República uma petição com mais de 4.000 assinaturas que pede a criação de uma estratégia nacional para uma intervenção integrada e mais eficaz junto da população sem-abrigo.

Depois de ter entregado na Assembleia da República a petição por uma “estratégia nacional de intervenção pela dignidade humana das pessoas em situação de sem-abrigo”, a associação vai agora procurar apoio junto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Vamos procurar junto de outra instância do nosso país um apoio e tentar pedir ajuda ao Sr. Presidente da República, que é uma voz sensível a estas questões”, disse à agência Lusa o presidente da Comunidade Vida e Paz, Henrique Joaquim.

“Todos somos poucos para fazer pressão e termos um instrumento que nos ajude a trabalhar melhor em função destas pessoas”, sustentou Henrique Joaquim.

Lançada no passado dia 17 de Outubro - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza -, a petição apela ao Governo que retome a estratégia anterior, que terminou em 2015.

Para Henrique Joaquim, é preciso “reforçar e consolidar” a ideia de que é um “problema complexo” que tem de ser trabalhado de uma forma integrada.

“Nós continuamos a agir sobre a situação, mas para nós, instituições que estamos nesta intervenção directa, é complicado, porque temos que negociar com a saúde, com a justiça, trabalhar com a Segurança Social e muitas vezes há uma dispersão quer de tempo, quer de recursos”, explicou.

Por outro lado, também são necessários “alguns recursos” para uma “política mais transversal”.

“Não existe hoje no país uma ideia muito real de quantas situações [de sem-abrigo] existem e qual” o seu perfil. “Fazia falta um sistema de informação integrado que nos permitisse ter uma noção mais real do problemas e das suas características próprias para adequar as intervenções”, defendeu.

Já na fase da reabilitação seria necessário integrar algumas medidas de apoio ao emprego ou há ocupação, ainda que temporária, de algumas destas pessoas, de acordo com as suas características.

Questionado pela Lusa sobre a intenção do Governo de apresentar uma nova estratégia para erradicar a situação das pessoas sem-abrigo até 2030, o responsável disse que ainda não teve conhecimento formal desta medida. Contundo, “queremos acreditar que o Governo também está atento a esta questão e quererá, como tem feito noutras áreas, fazer um esforço aqui”.

Na audiência na Presidência da República, a associação pretende frisar “a pertinência e a urgência” de uma nova estratégia, que “capitalize as experiências positivas já conseguidas e crie as condições de realização das potencialidades das melhorias necessárias ou já em curso”.

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  • pedro
    08 fev, 2017 lisboa 09:52
    Infelizmente nao sao refugiados, se fossem tinham o problema resolvido... Vejam o caso das demoliçoes na Amadora... Às vezes este país dá-me vergonha...

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