14 fev, 2017 - 10:48
O incêndio que deflagrou num dos armazéns da fábrica da Sapec, na Mitrena, Setúbal, está controlado desde as 7h00. A “grande prioridade” da empresa é a eliminação da nuvem de fumo tóxica, que pode provocar reacções irritantes ou outras sintomas ligeiros, como náuseas.
“Espera-se que a situação esteja completamente resolvida dentro das próximas horas”, revela uma nota da empresa enviada à redacção da Renascença.
A empresa confirma que o fogo teve início pelas 3h00 num armazém de produtos de enxofre, “tendo a brigada interna de intervenção actuado imediatamente e accionado todos os mecanismos de segurança”. Os Bombeiros Sapadores de Setúbal acorreram ao local, acompanhados da GNR e do INEM.
“A Sapec lamenta o sucedido e agradece a colaboração de todas as entidades que estão a contribuir para a boa resolução deste incidente”, remata a mesma nota.
O director-geral da empresa, João Martins, admitiu que o armazém ficou completamente destruído, mas garantiu que a laboração da fábrica não foi afectada e prossegue normalmente.
A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, lamentou a ocorrência do incêndio numa das maiores empresas da região, mas congratulou-se com o facto de a empresa não ter interrompido a laboração e prosseguir a sua actividade normalmente.
Cinco feridos ligeiros
O incêndio está controlado, mas as operações de rescaldo deverão prolongar-se por vários dias, disse o coordenador da Protecção Civil Municipal de Setúbal.
José Luís Bucho acrescentou que “ainda não foi possível entrar no armazém, que tem uma estrutura em ferro que ameaça ruir e que só depois de haver condições de segurança é que se podem iniciar aí as operações de rescaldo".
"Durante o combate ao incêndio, cinco bombeiros sofreram queimaduras ligeiras, mas nenhum caso inspira cuidados", adiantou.
Por precaução, a Protecção Civil recomendou a suspensão das actividades nas escolas primárias e jardins-de-infância do Faralhão e Praias do Sado, na Escola Profissional e no Instituto Politécnico. As freguesia estão a dar indicações sobre os procedimentos a tomar por causa da nuvem de gases de combustão produzidos pelo incêndio.
“No caso de alguém se sentir com a garganta irritada, ardor nos olhos ou com qualquer irritação na pele, deve ligar para o 112 e dizer a zona onde reside e os sintomas que tem. Seguramente será socorrido pelo INEM”, apelou.
A Protecção Civil chegou a apelar à população das localidades de Praias-do-Sado e Faralhão para não saírem de casa e para calafetar portas e janelas até que desapareça a nuvem de fumo provocada pelo incêndio.