15 fev, 2017 - 09:55
Missão? Testar a rede de bicicletas partilhadas no Parque das Nações, fazendo depois recomendações ao projecto. Quando? Em Março, a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) vai abrir candidaturas para voluntários.
“A experiência que nós temos, com [a aplicação] ePark foi de envolver os utilizadores a experimentar a aplicação, a dar-nos feedback e, de facto, isso permitiu enriquecer muito a solução final”, disse à agência Lusa o administrador da EMEL, João Dias.
Por isso, a EMEL quis através do ‘bike sharing’ [rede de bicicletas partilhadas] dar "a oportunidade aos utilizadores de eles próprios serem co-criadores da solução e, durante um período de tempo e num espaço limitado” testarem e depois darem sugestões, acrescentou o mesmo responsável, que falava no final de uma apresentação sobre o tema, em Picoas, Lisboa.
Caberá depois à empresa “seleccionar as melhores sugestões e incorporá-las na solução final, que vai estar a funcionar na cidade antes do verão”, assinalou João Dias.
Em causa está uma rede de 1.410 bicicletas (940 eléctricas e 470 convencionais) distribuídas por 140 estações: 92 no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no Eixo Central (que abrange as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade).
Projecto-piloto vai ajudar a pequenas melhorias
Em Março, arranca apenas uma fase piloto com “10 estações e um máximo de 100 bicicletas” no Parque das Nações.
Quem se quiser voluntariar a experimentar, de forma gratuita, poderá inscrever-se através de um website que a empresa vai criar nos próximos dias. “Queremos comportar o número máximo de pessoas”, vincou o administrador, apontando que se pretende que haja rotatividade (pessoas que dêem lugar a outras) “até o sistema comportar”.
No que toca ao impacto de tais sugestões no projecto final, o representante admitiu que não provocarão “alterações de estrutura”, mas antes “pequenas melhorias” ao nível dos equipamentos e da tecnologia usada.
O investimento da EMEL é na ordem dos 23 milhões de euros, através de um contrato de prestação de serviços celebrado com a empresa portuguesa Órbita, para um período de oito anos.
De acordo com o plano de negócio do projecto, divulgado em Fevereiro do ano passado, o passe anual deverá custar 36 euros e o bilhete diário dez euros, pelo que a empresa perspectiva uma receita de 897.321 euros por ano.
Questionado pela Lusa se estes valores se mantêm, João Dias escusou-se a responder, garantindo apenas que será um “tarifário muito, muito acessível”.