15 fev, 2017 - 09:40
Mais de 20 homens e 11 veículos permanecem no armazém da Sapec Agro, em Mitrena (Setúbal), em operações de rescaldo. O incêndio de quarta-feira obrigou as populações de algumas localidades a ficar em casa devido à poluição do ar.
O incêndio, que deflagrou cerca das 3h00 de terça-feira num armazém de produtos de enxofre, um produto abrasivo e tóxico, provocou ferimentos ligeiros em seis bombeiros.
A poluição do ar obrigou as autoridades a aconselhar as populações das freguesias de Praias do Sado e Faralhão e, mais tarde, da freguesia de Gambia, Pontes e Alto da Guerra a ficarem em casa.
A qualidade do ar na zona de influência do incêndio acabou por ficar restabelecida na noite de terça-feira, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que explicou que o fogo fez libertar para a atmosfera dióxido de enxofre.
O poluente foi “monitorizado em contínuo através das estações de qualidade do ar existentes no território nacional”, explicou a APA num comunicado emitido na noite de terça-feira, acrescentando que devido aos ventos a nuvem poluente foi arrastada para norte, atravessou a Reserva Natural do Estuário do Sado e atingiu a zona de Vila Franca de Xira.
A APA estima que os níveis elevados de dióxido de enxofre na proximidade da fábrica tenham acontecido durante a noite de segunda-para terça-feira (o incêndio deu-se às 3h00), o que terá diminuído a exposição das pessoas ao poluente.
E garante que desde as 14h00 os valores observados nas estações fixas de qualidade do ar “decresceram significativamente, encontrando-se a situação controlada”.