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Almaraz. Portugal retira queixa contra Espanha

21 fev, 2017 - 11:01

Acordo "amigável" foi alcançado na recente cimeira de Malta. Madrid compromete-se a informar Lisboa sobre tudo o que seja "pertinente em matéria de ambiente e segurança nuclear".

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Central nuclear de Almaraz: uma "bomba atómica" na margem do Tejo
Central nuclear de Almaraz: uma "bomba atómica" na margem do Tejo

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Portugal e Espanha chegaram a acordo sobre a construção do armazém de resíduos nucleares na central de Almaraz. Lisboa vai retirar a queixa em Bruxelas e Madrid compromete-se a manter Portugal informado.

A notícia foi conhecida esta terça-feira, através de uma declaração conjunta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e do primeiro-ministro português, António Costa.

De acordo com o documento divulgado, o primeiro gesto de colaboração deverá concretizar-se no prazo de dois meses, com a realização de uma visita das autoridades portugueses à central nuclear, acompanhadas por representantes do gabinete do presidente da Comissão Europeia.

A visita servirá para recolher toda a informação necessária a determinar se as condições de funcionamento da central e a construção do novo armazém de resíduos terão efeitos significativos no território português.

Até lá, o Governo espanhol compromete-se a não emitir nem executar a autorização para iniciar o funcionamento do armazém de resíduos nucleares – mas nada é dito quanto à sua construção, já autorizada pelo Governo de Mariano Rajoy.

Espanha promete ainda abster-se de tomar quaisquer medidas que possam ser consideradas irreversíveis e comprometer o resultado da consulta a Portugal. Garante finalmente fornecer toda a informação em matéria de ambiente e segurança nuclear.

Em contrapartida, Portugal retira a queixa apresentada em 16 de Janeiro, nos termos do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.

O acordo foi alcançado a 3 de Fevereiro, durante a cimeira de Malta, depois de o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, ter juntado os primeiros-ministros dos dois países para conversar sobre o tema.

Portugal e Espanha aceitaram ainda acelerar, em conjunto com a Comissão Europeia, os projectos de interligação das redes de gás e de electricidade necessários para assegurar as ligações entre Portugal e Espanha, bem como entre a Península Ibérica e os mercados europeus.

A central nuclear de Almaraz é a mais antiga de Espanha ainda em laboração, mas deveria ter fechado em 2010. O Governo espanhol prolongou-lhe, contudo, a vida até 2020 e pretende agora construir um armazém de resíduos nucleares.


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  • RC
    21 fev, 2017 Lisboa 20:38
    Relembro que António Costa nem sequer ganhou as eleições, não tem legitimidade para nada e até agora, na minha opinião, só mostrou fraqueza neste caso. É uma grande verdade que um conjunto de perdedores não faz um vencedor e este exemplo triste de falta de força em termos de política internacional só vem demonstrar isso. Concordo que esta maioria parlamentar de esquerda tem tomado algumas medidas positivas em termos de redução da austeridade para os mais fracos, concordo que tem mais sensibilidade social do que o governo anterior. E é verdade que não há governos perfeitos. Mas, realmente, a geringonça, ou o que lhe quiserem chamar, tem tido prestações muito fracas noutras áreas, como é o caso do desenvolvimento económico e também deste conflito com Espanha. Para pensar...
  • Otário cá da Quinta
    21 fev, 2017 Coimbra 15:32
    Assim é que é! Com um rebuçado se adoça a boca a calaceiros! Ai TOINO, TOINO que tanta falta fazes.
  • XUXAS MANIPULADORES
    21 fev, 2017 Lx 14:44
    É só para enganar os tugas...mais uma manobra de propaganda e de marketing dos xuxas sempre a fingir que governam..Os nuestros hermanos estão-se a borrifar para os geringonços...Fazem e nós ladramos e fazemos queixinhas na Europa...É só rir kamaradas e o resto é folclore propagandístico.Que medidas Portugal tomou e que medidas Espanha adoptou para resolver a questão? É só cenário das esquerdas folclóricas..
  • SALAZAR
    21 fev, 2017 LX 13:16
    Madrid compromete-se a informar Lisboa sobre tudo o que seja "pertinente em matéria de ambiente e segurança nuclear" = 0 mas nada é dito quanto à sua construção, já autorizada pelo Governo de Mariano Rajoy = 0 com a realização de uma visita das autoridades portugueses à central nuclear = 0 Os mesmos que a cancelaram antes. O QUE DIZ O SENHOR PR AGORA SOBRE O ASSUNTO? TAMBÉM-SE CURVA AOS INTERESSES ESPANHÓIS, COMO É HÁBITO.
  • SALAZAR
    21 fev, 2017 LX 13:10
    RESUMINDO: OS PORTUGUESES VÃO PERMITIR QUE OS ESPANHÓIS CONTINUEM A FAZER O QUE QUERIAM BORRIFANDO-SE PARA PORTUGAL. COMPRMETEM-SE A INFORMAR, ETC. SÓ BALELAS E OS BURROS E CORRUPTOS DOS PORTUGUESES VÃO NA CONVERSA.
  • cg
    21 fev, 2017 portugal 12:46
    Alguem me está a enganar! Espanholes fuera!
  • Pedro Soares
    21 fev, 2017 Sever do Vouga 12:38
    Bando de cobardolas! Quer dizer Portugal não tem nenhuma central nuclear, e estes espanhóis espetam esta central perto da fronteira e no rio Tejo, e nós não podemos fazer nada contra isto? E depois ainda dizem um "acordo amigável" em que nos tudo o que seja pertinente em caso de segurança. Mais vale dizer: "Depois se acontecer aqui um Chernobyl, nós avisamo-vos. Fiquem descansados." Políticos da treta! Por mim, era espetármos uma central nuclear nossa perto da fronteira com estes Espanhóis! Se eles têm o direito a obterem energia mais barata, nós também temos!
  • António Campos Leal
    21 fev, 2017 Lisboa 12:33
    Conclusão. "Em Abrantes tudo como d'antes". As questões essenciais, quer papa a população portuguesa quer para a espanhola, não contam para o caso. Almaraz é um rico, mas enquanto der dinheiro a alguns, que se lixe, até podem morrer uns quantos. NADA FEITO.
  • Paulo Silva
    21 fev, 2017 lisboa 12:28
    Na realidade somos um País pequeno, pobre, e sem peso a nível internacional. Mas o mais grave é sermos governados por incompetentes, cobardes e sem o mínimo de capacidade. Mais uma vez cagaram-nos em cima.
  • Lusitano
    21 fev, 2017 Porto 12:19
    Já tivemos um ditador que também governou Portugal sem ter o apoio da maioria dos portugueses, impiedoso com os seus adversários "ultra ditadores- democratas, mas que defendia com unhas e dentes a segurança do povo português. Evitou-nos a 2ª guerra mundial e se hoje existimos como nos conhecemos a ele o devemos. O Sr. Costa também não tem a maioria, perdeu as eleições mas governa o País e em conformidade com o grande ditador também não lhe interessa a nossa opinião e põe e dispõe a seu belprazer da vida das pessoas. O conceito sufrágio direto é contrário à palhaçada que nos foi imposta. Os tempos mudaram as moscas são mesmas, outrora eramos entre alguns ricos uns pobres felizes, hoje somos escravos dos ricos, mas infelizes.

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