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​Bloco sobre Almaraz: “Espanha deu uma mão cheia de nada a Portugal”

21 fev, 2017 - 23:55

Deputado Pedro Soares defende que Portugal “tem que colocar no centro do debate com o Governo espanhol o problema do prolongamento da vida útil da central nuclear de Almaraz”.

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Central nuclear de Almaraz: uma "bomba atómica" na margem do Tejo
Central nuclear de Almaraz: uma "bomba atómica" na margem do Tejo

O Governo de Espanha não cedeu e o acordo preliminar com Portugal é uma “mão cheia de nada”, afirma Pedro Soares, presidente da comissão parlamentar do Ambiente e o deputado do Bloco de Esquerda (BE).

Pedro Soares reage desta forma à notícia avançada à Renascença pelo Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol, de que autorização de construção do armazém de resíduos nucleares em Almaraz vai avançar apesar do pacto preliminar entre os dois países.

“A resposta do Conselho Nuclear espanhol confirma todas as nossas preocupações relativamente a este acordo entre o Governo português e o Governo espanhol. De facto, o que o Governo espanhol deu ao Governo português foi uma mão cheia de nada”, afirma Pedro Soares.

Para o deputado do Bloco de Esquerda, Portugal “tem que colocar no centro do debate com o Governo espanhol o problema do prolongamento da vida útil da central nuclear de Almaraz”.

“Essa é a questão central e é essa que o Governo português tem vindo a recusar a colocar, incompreensivelmente”, lamenta o presidente da comissão parlamentar do Ambiente.

Portugal e Espanha chegaram a acordo sobre a construção do armazém de resíduos nucleares na central de Almaraz. Lisboa vai retirar a queixa em Bruxelas e Madrid compromete-se a manter Portugal informado.

A notícia foi conhecida esta terça-feira, através de uma declaração conjunta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e do primeiro-ministro português, António Costa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, saudou o acordo para Portugal poder aceder ao estudo de impacto ambiental, mas ressalva que este desenvolvimento não impede, contudo, nova queixa na Europa no futuro.

As autoridades portuguesas poderão visitar a central nuclear de Almaraz e o Armazém Temporário Individual de resíduos radioactivos nos próximos dois meses para depois poderem fazer as propostas que quiserem, deliberou esta terça-feira o Ministério da Energia de Espanha.

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  • Pantufas
    22 fev, 2017 Lisboa 05:25
    OS PORCOS DE ALMARAZ

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