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Ambientalistas querem participar na visita à central de Almaraz

23 fev, 2017 - 14:12

O Movimento Ibérico Antinuclear teme que a visita não passe de um “embuste” e uma “cortina de fumo”. A Renascença sabe que a lista de convites ainda não está fechada.

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As organizações ambientalistas não receberam, até ao momento, qualquer convite para integrar a delegação portuguesa que vai visitar, na próxima segunda-feira, a central nuclear de Almaraz.

António Eloy, representante português do Movimento Ibérico Antinuclear, garante que as organizações têm técnicos especializados que deviam ter acesso a esta visita mas teme que esta seja uma oportunidade perdida.

O ambientalista fala numa operação de charme do Governo espanhol que não permita tirar verdadeiramente conclusões quanto às condições de segurança da central nuclear.

“Temos algum receio que os espanhóis, os proprietários da Central de Almaráz e o próprio Estado espanhol, transformem a visita em mais um momento de tomar chá e para visitar as obras que continuam em curso no armazém, que continua a ser construído para albergar os resíduos radioactivos.”

“Tudo isto tem sido um grande embuste, uma cortina de fumo, e nós queremos que a delegação portuguesa que vá lá não se limite a ver o aterro onde se continua a construir o armazém, mas que visite o coração da central e verifiquem as peças que têm provocado contínuas avarias e problemas”, diz António Eloy.

Ainda poderá haver possibilidade para os ambientalistas participarem no encontro, ao que a Renascença apurou o ministério do Ambiente ainda não fechou a lista de convites para a delegação.

Para já, além dos técnicos da Administração Pública e da Agência Portuguesa do Ambiente, está garantida a participação da Ordem dos Engenheiros.

A visita deverá incluir não só o local de construção do armazém de resíduos mas também a própria central.

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  • Pedro Ferreira
    23 fev, 2017 Belas 15:41
    Temos pelo menos um problema muito grave no nosso país, numa zona que pertence à rede Natura, mais precisamente a central de Sines que afeta a fauna marítima, a vegetação e a agricultura e ninguém diz nada. Este não é um problema potencial, é uma situação concreta que já existe à vários anos com efeitos nocivos para o meio ambiente

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