06 mar, 2017 - 07:41
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Trinta pessoas da comunidade yazidi "com necessidade de protecção internacional" chegam a Guimarães esta segunda-feira. Vão ficar instaladas em alojamentos cedidos por instituições da rede social do concelho.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Câmara Municipal esclarece que aqueles 30 refugiados se vão juntar aos 43 oriundos de Eritreia, Etiópia, Síria e República Centro Africana e que já estão no concelho ao abrigo do plano de acção denominado “Guimarães Acolhe”.
Segundo o texto, o programa surgiu do "imperativo humanitário" sentido pelo município e por 17 instituições "em responder ao apelo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Governo português para prover o acolhimento de pessoas com necessidade de protecção internacional".
O objectivo da autarquia é "proporcionar condições de bem-estar e segurança às pessoas acolhidas, através dum forte envolvimento da sua rede social, desenvolvendo uma acção local convergente, integrada e articulada entre todos aqueles que nele participam".
Os yazidis são uma minoria religiosa que tem sido alvo de perseguição e massacres na Síria e no Iraque por parte dos apoiantes do Estado Islâmico.
Para Guimarães seguem oito famílias, compostas por nove mulheres, oito homens e 13 crianças. Vão ter acesso a aulas de português, estando alguns inseridos no mercado de trabalho e/ou a fazer formação profissional, indica o comunicado da Câmara.
"Sempre que possível, são proporcionadas outras actividades que contribuam para a sua integração social, como visitas a espaços históricos e eventos locais, participação em actividades culturais e desportivas e mais, recentemente, aulas de informática", aponta ainda o município.
Portugal recebeu, até 28 de Fevereiro, 1.085 refugiados ao abrigo do programa de recolocação da União Europeia (UE), de um total de 13.546, divulgou a Comissão Europeia. Dos 1.085 refugiados já recebidos, 810 são oriundos de campos na Grécia e 275 da Itália.