06 mar, 2017 - 14:17
Os socialistas católicos lamentam a aprovação pela Comissão Nacional do PS de moções a favor da morte, da legalização da droga e da prostituição, lê-se no comunicado enviado esta segunda-feira à Renascença.
Na nota, encabeçada por uma citação do escritor britânico George Orwell, autor de “1984” - “Caímos tão fundo que atrever-se a proclamar aquilo que é óbvio se transformou em dever de todo o ser inteligente” - os socialistas católicos criticam a “defesa de uma cultura de morte” no partido.
Para este grupo, a eutanásia constitui “a defesa de uma cultura de morte que não é um crime é um homicídio”.
Quanto à legalização da droga, o comunicado declara que “droga não se combate com mais droga” e que os “defensores da legalização” argumentam que “fracassou a política mundial de combate às drogas”.
Para os socialistas católicos, “isso significaria acreditar que, se a polícia não consegue cumprir sua missão, vamos então descriminalizar o máximo que pudermos para aliviarmos o sistema policial e penal”.
Já no que toca à regulamentação da prostituição, a nota afirma que “o tráfico de seres humanos é reprovável” e questiona directamente a Secretaria de Estado da Igualdade sobre a sua posição nesta matéria.
O comunicado, assinado pelo porta-voz do grupo, Cláudio Anaia, termina com a advertência de que a JS “devia preocupar se com a educação, o primeiro emprego e a pobreza nos jovens”, em vez de afirmar ser “histórica” a legalização “destes atrasos civilizacionais”.