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​Defesa de Sócrates diz que terminou o prazo para investigar

14 mar, 2017 - 20:09

Advogado João Araújo garantiu aos jornalistas que, no interrogatório de segunda-feira, José Sócrates não foi confrontado com qualquer escuta a interferir na Caixa Geral de Depósitos.

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O prazo para concluir o inquérito da “Operação Marquês” terminou na segunda-feira, defendem os advogados de José Sócrates.

Em conferência de imprensa, João Araújo e Pedro Dellile alegaram que os 180 dias concedidos em Setembro pela procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, ao Ministério Público (MP) chegaram ao fim.

“E assim, pedimos hoje à Procuradoria-Geral da República que nos seja enviado esse despacho de encerramento. Por isto tudo, a partir das 24h00 de ontem, são ilegais os actos de investigação praticados a coberto do processo de inquérito”, declarou João Araújo.

O advogado João Araújo garantiu aos jornalistas que, no interrogatório de segunda-feira, José Sócrates não foi confrontado com qualquer escuta a interferir na Caixa Geral de Depósitos.

Em relação a uma alegada lista de pessoas beneficiadas com luvas no processo PT, a defesa de Sócrates garante que pediu o documento ao MP e "foi-nos dito que não há lista nenhuma".

“A lista que era o ás de trunfo do Ministério Público não apareceu. Nem o ás, nem o rei, nem o Marques só duques”, sustenta João Araújo, para quem “o processo termina como começou: sem factos nem provas”.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates foi interrogado na segunda-feira. O principal arguido da "Operação Marquês" está indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

Questionados os advogados sobre o que pretendem fazer caso na sexta-feira forem confrontados com a acusação de José Sócrates, Pedro Delille explicou que irão fazer uma reclamação do acto da PGR para o juiz de instrução, neste caso Carlos Alexandre, se o inquérito não for "encerrado já".

"Entendemos que a atividade do MP no inquérito, quando viola direitos fundamentais, é sujeita ao controlo do juiz de instrução, considerando que a decisão da procuradora é ilegal está viciada e deve ser corrigida", concluiu.

288 dias (preventiva) + 42 dias (domiciliária) = O filme da prisão de Sócrates
288 dias (preventiva) + 42 dias (domiciliária) = O filme da prisão de Sócrates
Comentários
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  • André Souza
    15 mar, 2017 Alverca 17:32
    Quando a teia é complicada e multi-pulhice demora tempo.... triste povo este que tem de lidar com tudo isto. Devem querer que tudo fique como está e sua excelência se candidate a PR.
  • Mário Guimarães
    15 mar, 2017 Lisboa 12:20
    Realmente estes gajos nunca hão-de chegar aos calcanhares do Dr.Oliveira Salazar ,português e nacionalista. A bandalheira que vai nisto tudo enquanto o País continua a ser assaltado. Agora vem aí o Papa para jogar no Euro-Milhões e ver se aparecem as pastorinhas. Viva o 25 de Abril da gatunagem !
  • VIJOCA
    15 mar, 2017 LISBOA 11:00
    NÃO ESTÁ O CAVAQUINHO - MAIS CONHECIDO PELO CADAVER AMBULANTE A COMANDAR ESTAS OPERAÇÕES ? O LIVRO QUE ESCREVEU MOSTTA ISSO
  • Joao
    15 mar, 2017 Madeira 07:38
    Imagino a dor de cabeca que deve ser investigar estas aves de rapina. nao acusando ou defendendo ninguem acho que a verdade deve sera apurada nem que leve 20 anos. Os Mafiosos nunca actuam individualmente mas sim numa rede complexa e dificil de desmontar e aproveitam as brexas da lei para se esconderem que nem ratos por isso os gatos tem que ser pacientes e espertos para cacar estas ratazanas.
  • Rui Caldas
    14 mar, 2017 Vizela 23:25
    Eu acho que os advogados de socrates deixaram a defesa. porque sentem que a acusação vai ser um facto.E então tornaram-se contabilistas do prazo ao dia, hora e minutos.O fracasso da defesa está à vista e a condenação de Sócrates é uma certeza.
  • JUSTIÇA DO BURUNDI
    14 mar, 2017 Palácio da Justiça 23:22
    A QUALIDADE DESTA JUSTIÇA É TÃO BAIXA QUE ATÉ PARECE QUE ESTAMOS NO BURUNDI. É UMA TRISTEZA
  • Filipe
    14 mar, 2017 évora 22:49
    Recentemente a Procuradora-geral da República reagiu esta segunda-feira às críticas sobre o prolongamento dos prazos para a acusação no processo Marquês, lembrando que a investigação ao escândalo Madoff demorou oito anos , enganou Portugal ! Pois todos sabem que : "Andrew e Ruth Madoff falam pela primeira vez da traição, da vergonha, do choque, quando o chefe da família anunciou, no dia 10 de dezembro de 2008, que seus negócios florescentes não eram senão uma enorme “mentira”, uma fraude “à la Ponzi”, e que tinham perdido “50 bilhões de dólares. Seus filhos denunciaram o pai ao FBI e ele foi detido na manhã seguinte, às 7H00." e "Segundo o jornal "The Wall Street Journal", a SEC e outras agências reguladoras tinham na mira a empresa de Madoff e a investigaram em pelo menos oito ocasiões nos últimos 16 anos." Portanto , mas o que disse a Portugal para JUSTIFICAR novo adiamento da alegada "Operação Marquês " , não é verídica e em nada se pode comparar com Portugal e seu sistema de justiça , já em matéria de "reguladores" tem comparação , devido a nunca terem descoberto nada em "pirâmide" , só as do Egito . Desde já nem prenderam para investigar nem para confessar , nem o tempo que levou a ser condenado a prisão efetiva tem a ver com os tempos em Portugal .Em Portugal até por alegados crimes de Liberdade de Expressão baseada em juízos de valor , as entidades coletivas não tem cérebro para terem sentimentos , ao fim de 20 anos prenderam-na por "heresia" e " bruxaria" .
  • João Martins
    14 mar, 2017 Moita 21:59
    Vamos a factos. Prolongamento dado pela PGR, em 14/09/2016 180 dias= 13/03/2017 Fim do prazo anterior: 15/09/2016 Prolongamento do prazo a partir de 16/09/2016 Fim do prazo actual: 16/09/2016 180 dias= 15/03/2017

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