16 mar, 2017 - 23:20
O chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, autorizou a realização do 128.º curso de Comandos, que vai começar no início de Abril, foi anunciado esta quinta-feira. O porta-voz do Exército confirma e dá esclarecimentos à Renascença.
Em comunicado, o Exército divulgou que o CEME aprovou o Referencial do Curso, no seguimento das recomendações feitas pela Inspecção Técnica Extraordinária realizada após a morte de dois instruendos do curso anterior, em Setembro passado.
O porta-voz do Exército, Tenente-Coronel Vicente Pereira, confirma que “o comandante do Exército sentiu-se confortável de que serão tidas em conta e serão implementadas todas as medidas no âmbito do sistema de informação clínica, medidas no âmbito das provas de selecção e classificação que os candidatos fazem. E depois, as medidas do próprio curso em si, nomeadamente um maior controlo e um maior rigor entre a taxa de esforço e as taxas de recuperação dos formandos ao longo do curso”.
“Foram garantidas ao general-chefe e o general-chefe concordou que estão reunidas as condições para melhorarmos as condições em que formamos os cursos de Comandos”, acrescenta.
O Tenente-Coronel Vicente Pereira aproveita para esclarecer que “há co-relacionamento entre os acontecimentos do curso 127 e as decisões de melhorarmos, de revermos aquilo que tinha de ser melhorado para o curso 128”.
“Agora, os processos em si, quer os que correm pelo Ministério Público, quer os que correm no âmbito do Exército, as decisões e os processos em si é que são completamente diferentes do que estamos agora a falar, das melhorias do curso 128”, diz.
O porta-voz reafirma que “o que aconteceu no 127º curso está a ser investigado, por um lado, pelas autoridades, pela Justiça. E, aí, o Exército não comenta, apenas colabora e continuará a colaborar”.
“No âmbito do Exército, os processos disciplinares que foram instaurados e as penas que foram aplicadas, foram objecto de recurso por parte dos arguidos. E estão agora a ser avaliadas pelo comandante do Exército, que irá proferir a sua decisão nos próximos dias. E assim que o fizer, o Exército irá comunicar”, refere.