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Novo curso de Comandos. Ministro garante que Exército foi além das recomendações

17 mar, 2017 - 10:38

Curso foi suspenso e reformulado depois da morte de dois soldados na sequência de exercícios feitos em dia de muito calor.

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Os problemas estão resolvidos e está tudo pronto para o arranque de um novo curso de Comandos em Abril. Em declarações à Renascença, o ministro da Defesa garante que o novo guião foi além das recomendações: “é mais apertado e mais rigoroso”.

O objectivo é que não se repitam os factos dramáticos que resultaram na morte de dois candidatos no último curso. As alterações estão feitas e não é necessária vigilância especial. “Não vamos colocar câmaras em tudo o que é canto para verificar se o curso vai correr bem. Mais importante do que a vigilância, enquanto decorre o curso, é termos a noção serena, tranquila de que a formação doravante vai ser feita segundo um guião mais apertado, mais rigoroso”, sublinha Azeredo Lopes.

O chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, autorizou a realização do 128.º curso de Comandos, que vai começar no início de Abril.

Nestas declarações, o ministro da Defesa garante, no entanto, que “a exigência e a dureza continuarão a ser marca na formação do curso de Comandos”, que terá o escrutínio normal.

Em Setembro de 2016, o 127º curso de Comandos ficou marcado pela morte de dois militares. O curso registou também o maior número de desistências dos últimos quatro, com 27 dos 67 formandos iniciais a decidirem abandonar a formação.

Cinco documentos enquadram o novo curso

O primeiro estabelece o certificado de controlo do curso. O segundo fixa a proposta e a fundamentação, definindo a duração, o regime de prestação de serviço, os pré-requisitos, os fundamentos para a exclusão e os requisitos para os formadores, nomeadamente técnico-científicos e pedagógicos.

O terceiro documento define o perfil profissional dos formandos e as funções que aqueles que concluam o curso com sucesso podem vir a assumir e o quarto documento especifica as necessidades de formação face aos perfis profissionais.

Por último, o Referencial aprovado pelo CEME fixa o "perfil da avaliação", que permitirá avaliar as expectativas e o desempenho de todos os intervenientes directos no processo de formação.

O relatório da Inspecção Técnica Extraordinária, concluída a 5 de Dezembro, tinha detectado dificuldades na actualização do Referencial do curso, atribuindo o atraso em parte à falta de militares com competências para o efeito.

Comentários
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  • Comando Velhinho
    17 mar, 2017 Braga- Província 13:52
    UM GRANDE APLAUSO .. PLÁS , PLÁS ,PLÁS ... Acho muito bem que passe a ser permitido ás mães assistirem ao treinos dos seus filhos mediante o pagamento de um subsídio de presença .Assim as coisas vão correr muito melhor .Claro que a coisa vai-nos ficar um bocado cara, mas afinal já estamos habituados a pagar para tanta coisa que será apenas mais um pequeno sacrifício .
  • JR
    17 mar, 2017 LIsboa, Puto 12:23
    Em Abril? E juram bandeira no dia 29 de Junho? Dia dos Comandos. Qualquer dia é tropa macaca. Já os obrigam a andar com cara camuflada nos desfiles, boina vermelha, agora azul nos locais de possível contacto com inimigo. O nosso comandante, Jaime Alberto Gonçalves das Neves, coronel de infantaria comando, deve andar a dar voltas na tumba.
  • Judite Gonçalves
    17 mar, 2017 Barreiro 12:13
    Mais uma vez aqui está o velho ditado bem escarrapachado: “depois de casa arrombada trancas à porta”. Esperemos que desta vez corra melhor e que a tragédia de Setembro não se repita. Se as pessoas, em vez de abusarem do poder fossem seres humanos e tratassem o seu semelhante como seres humanos,, nada disto acontecia. Mas o apanágio do pessoal que detém o poder é abusar.

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