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Buscas no escritório Abreu Advogados relacionadas com caso BES

23 mar, 2017 - 12:04 • Eunice Lourenço

O juiz Carlos Alexandre esteve no local. O escritório representou Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BESA.

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O escritório Abreu Advogados, em Lisboa, foi alvo de buscas e um dos seus advogados constituído arguido no âmbito do caso BES.

Em comunicado, a sociedade de advogados esclarece que a diligência que ocorreu na quarta-feira “visava a busca e apreensão de documentos no âmbito de uma investigação que tem por objecto um cliente e não a sociedade”.

O mesmo texto não identifica o cliente, mas a Renascença sabe que as diligências estão relacionados com o caso BES e com negócios do BES Angola (BESA) e de Álvaro Sobrinho. Esta sociedade tratou de negócios em Angola envolvendo Álvaro Sobrinho, antigo director do BESA.

As buscas foram lideradas pelo juiz Carlos Alexandre, que passou a quarta-feira naquela sociedade de advogados.

Como o comunicado da Abreu explica, “a apreensão de correspondência em escritórios de advogados só é legalmente admissível com a prévia constituição de um advogado como arguido”, pelo que um advogado desta sociedade foi constituído arguido.

A Procuradoria-Geral da República, numa resposta enviada à agência Lusa, confirma a realização de buscas num escritório de advogados, “no âmbito das investigações relacionadas com o designado Universo Espírito Santo”.

Em Setembro de 2016, a PGR divulgou que o Ministério Público tinha constituído 11 arguidos, nove pessoas singulares e duas colectivas, neste caso.

Nessa altura, foi explicado que havia sete inquéritos autónomos e 220 inquéritos apensos a um dos primeiros, todos relacionados com o denominado “Universo Espírito Santo”, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Em causa estão suspeitas da prática de crimes burla qualificada, falsificação de documento, falsidade informática, fraude fiscal, infidelidade, abuso de confiança, branqueamento e corrupção no sector privado.

[Notícia actualizada às 15h09 com informação prestada pela PGR]

Comentários
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  • com o caso BES
    24 mar, 2017 lis 09:26
    O processo do BPN e os crimes de milhares de milhões, pagos pelos contribuintes, foram esquecidos ou estão em banho maria! Porque será?
  • ao fernando alves
    24 mar, 2017 lis 09:20
    Como em todas as profissões há bons e maus!...Generalizar não é justo!
  • Pereira
    23 mar, 2017 Lisboa 16:23
    O problema é que são eles que dominam o parlamento, as bancadas partidárias, que fazem os negócios com o Estado enquanto ministros e/ou secretários de estado e depois vão trabalhar para a empresa que negociou com eles enquanto representantes do Estado...
  • Fernando Alves
    23 mar, 2017 Amarante 14:30
    Onde houver corrupção, e negociatas, la estao os advogados metidos na m*** ate ao pescoço. Classe mais corrupta. Dasss

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