03 abr, 2017 - 12:50
Marcelo Rebelo de Sousa condecorou, esta segunda-feira de manhã, a título póstumo, o cônsul de Portugal em Bordéus durante a Segunda Guerra Mundial. A Grã-Cruz da Ordem da Liberdade foi entregue a Gerald de Sousa Mendes, neto do homenageado.
Considerando que “não há homenagens que devolvam toda a vida destroçada”, o Presidente da República considerou a condecoração "muito especial", dado momento que a Europa vive: "o maior drama de refugiados" desde a II Guerra Mundial.
Enquanto cônsul, Aristides de Sousa Mendes passou vistos que permitiram salvar milhares de pessoas do Holocausto.
"Condecoração e homenagem, portanto, que são verdadeiros imperativos categóricos", defendeu o Presidente.
A cerimónia de condecoração com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade decorreu na sua terra natal, Cabanas de Viriato, no concelho de Carregal do Sal, na Casa do Passal, onde viveu. Assinala-se esta segunda-feira 63 anos da morte de Aristides Sousa Mendes (1954).
A Renascença esteve à conversa com uma das empregadas da casa de Aristides, que conta onde se escondiam os refugiados. Isaura Martins, de 80 anos, acompanhou a cerimónia com emoção.
“Não havia ninguém melhor do que o senhor doutor. Era uma óptima pessoa. Não havia ninguém no mundo melhor do que ele”, conta.
O dia de homenagem a Aristides de Sousa Mendes vai culminar num musical em ante- estreia no centro cultural de Carregal do Sal.