05 abr, 2017 - 01:12
Foram sinalizados 45.516 idosos a viver sozinhos ou isolados em todo o país, mais 2.194 do que na operação "Censos Sénior" realizada em 2016, anunciou esta terça-feira a GNR.
Guarda e Viseu são os distritos do país onde o problema tem maior dimensão, num total de 7.862 casos.
Dos idosos identificados em todo o país, 28.279 vivem sozinhos, 5.124 residem em locais isolados e 3.521 vivem sozinhos e isolados, adianta a Guarda Nacional Republicana, num comunicado para divulgar os resultados da operação "Censos Sénior 2017".
Os militares da GNR encontraram ainda 8.592 idosos que vivem acompanhados, mas encontram-se "em situação de vulnerabilidade fruto de limitações físicas ou psicológicas".
A corporação sublinha que as situações de "maior vulnerabilidade foram reportadas às entidades competentes, sobretudo de apoio social, no sentido de fazer o seu acompanhamento futuro".
A maioria dos idosos que vivem sozinhos ou isolados são mulheres, designadamente 30.172, enquanto 15.344 homens vivem nesta situação.
No âmbito da operação "Censos Sénior 2017", que se realizou em todo o país entre 1 e 31 de Março, a GNR registou mais 2.194 idosos a viver sozinhos ou isolados do que em 2016, quando viviam nestas condições 43.322.
Realizada anualmente pela GNR desde 2011, a operação "Censos Sénior" tem como objectivo identificar a população idosa que vive sozinha e isolada, actualizar os registos das edições anteriores e identificar novas situações.
Desde 2011 que a GNR tem sinalizado cada vez mais idosos a viver nestas condições.
Em sete anos, o número de idosos sinalizados quase que triplicou, passando dos 15.596, em 2011, para os 45.516, em 2017.
Segundo a GNR, estes dados "não reflectem um aumento do número de idosos a viverem nestas situações, mas sim o facto dos censos sénior se constituírem como uma base de dados geográfica cada vez mais completa, potenciando assim um melhor apoio da GNR à população idosa".
A corporação refere igualmente que vai continuar, ao longo do ano, a acompanhar os idosos sinalizados, através de visitas regulares às suas residências, além de realizar mais acções de sensibilização e fazer uma avaliação da sua segurança.