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Misericórdias. “Há atrasos muito significativos na região centro"

10 abr, 2017 - 18:40

O presidente Manuel Lemos acredita que a situação será regularizada em breve e que não se vai chegar à fase de fechar portas.

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Há pagamentos em atraso a várias Misericórdias da zona centro do país.

A assembleia geral da União das Misericórdias Portuguesas, que decorreu este fim-de-semana em Fátima, fez o ponto de situação do trabalho destas 116 unidades que representam 4.500 camas de norte a sul do país.

O presidente Manuel Lemos ouviu queixas na sua maioria relativas à zona centro.

“De uma maneira geral há atrasos muito significativos na região centro. Estamos a falar de pagar Outubro nuns casos e Novembro noutros. São unidades muito pequeninas que estão a fazer um esforço sobrehumano para pagar às pessoas e aos fornecedores”, disse.

Para algumas misericórdias a resposta nos últimos seis meses tem sido sempre a mesma.

“O nosso primeiro interlocutor são as ARS e todas nos dizem que não foram abstidas financeiramente. A resposta é ‘não temos dinheiro’”, refere.

A União das Misericórdias acredita que a situação será regularizada em breve sublinhando que tem havido contactos com o Governo nesse sentido. Manuel Lemos considera que não se vai chegar ao ponto de fechar portas.

“Se chegássemos a uma situação de encerramento isso aumentava muito significativamente a despesa do Estado porque esses doentes, onde é que iam parar: aos hospitais. Não faz sentido, nem do ponto de vista ético nem do ponto de vista do financiamento”, acrescenta.

Embora esteja previsto na lei as Misericórdias lembram também que a actualização de preços não está a ser feita.

O Governo apresentou um novo modelo de financiamento das misericórdias mais centrado nos resultados e menos nos dias em que os doentes permanecem nas misericórdias.

Esta é uma proposta que ainda não conhecem em pormenor mas que a União das Misericórdias diz estar disponível para discutir.

Comentários
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  • Carlos
    10 abr, 2017 Braga 21:02
    Vejamos, que é feito do dinheiro do jogo. Onde vai parar o dinheiro das ofertas. Não pagam IMI. Não pagam impostos. Só querem dinheiro, dinheiro e não olham a meios. Coitado de quem precisa. São todos iguais, são lobos disfarçados de pele de cordeiro. Os doentes para entrar nas misericórdias são quase obrigados a dar tudo o que têm...... Para poder entrar. Triste é triste.
  • Domingos
    10 abr, 2017 Chaves 20:55
    Só zona centro do País e na Santa Casa Misericórdia de Chaves que deve aos seus funcionários 3 meses de salários referentes ao ano de 2012 e não sabem quando irão pagar mas exigir isso sabem
  • J.Simões
    10 abr, 2017 Lisboa 19:49
    Por este andar, vamos chegar ao déficit "zero". Se o Estado não paga aos fornecedores, então fácil reduzir o déficit....mesmo aumentando a dívida! Onde vai isto parar?
  • MASQUEGRACINHA
    10 abr, 2017 TERRADOMEIO 19:44
    Pois é, cá está o que não dá, de facto, para perceber muito bem : se, ao que parece, há dinheiro sobrante da "vocação de auxílio aos mais pobres" suficiente para (se levantar a hipótese de) entrar no capital de um banco, qual é afinal o problema? Se não é falta de pobres, nem de dinheiro, deve ser défice de vocação... Tudo isto merece explicação mais clara.

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