Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Ministro promete pagamento de horas extra a médicos com retroactivos

12 abr, 2017 - 12:29

Sindicatos agendaram para os dias 10 e 11 de Maio uma greve.

A+ / A-

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assegurou esta quarta-feira que o pagamento das horas extraordinárias a 75% aos médicos terá efeitos retroactivos a 1 de Abril.

A reposição integral do pagamento das horas extraordinárias para todos os clínicos é uma das reivindicações dos sindicatos médicos que levaram à convocação de uma greve para os dias 10 e 11 de Maio.

Em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de apresentação do novo modelo de constituição dos Postos de Emergência Médica, o ministro explicou que está em tramitação legislativa uma alteração ao decreto-lei da execução orçamental, que prevê o pagamento das horas extraordinárias, "embora de uma forma diferenciada".

"Nós já afirmámos aos sindicatos que irá haver uma alteração a esse decreto-lei, para que não haja nenhum tipo de excepção e ela seja aplicada a todos os profissionais", afirmou Adalberto Campos Fernandes.

"Isso está em tramitação legislativa, ocorrerá dentro de dias, e, portanto, a 1 de Abril os efeitos [retroactivos] estão garantidos e a alteração que foi negociada e comunicada aos sindicatos está assegurada", adiantou.

Sobre a convocação da greve pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), o ministro disse que "muitas das reivindicações" que apresentam "são justas e vão ser acolhidas", apesar de algumas poderem não ser já.

Adalberto Campos Fernandes disse ainda compreender "muito bem aquilo que é a retórica sindical, a retórica política e os exercícios que se fazem para negociar".

"Nós estamos a negociar, não vejo nos sindicatos nenhuma má-fé, e tenho a certeza que esse espírito de negociação, que continua a existir, vai permitir que na semana em que o papa nos visita e que Portugal está virado para a maior concentração de visitantes num espaço de tempo muito curto, os sindicatos serão os primeiros a perceber que os médicos terão dificuldade em parar a sua actividade", frisou.

Os sindicatos estão contra a falta de concretização de medidas por parte do Governo e têm reclamado a reposição integral do pagamento das horas extraordinárias para todos os médicos.

Na segunda-feira, divulgaram uma carta ao ministro da Saúde na qual mostravam o desagradado pela proposta de calendário e temas de negociação entre Governo e estruturas sindicais.

"As promessas ministeriais continuam a não ter tradução em actos concretos e em medidas de solução dos problemas existentes. As reuniões ditas negociais não passam de simulacros e de passar o tempo", afirmam os dirigentes do Sindicato Independente dos Médicos e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), numa nota divulgada aos jornalistas no final do encontro.

O bastonário da Ordem dos Médicos mostrou-se desde logo solidário com os “colegas dos sindicatos” e pediu ao ministro que entendesse as razões que levaram à convocação da greve.

Seria "importante" conseguir "estabelecer um consenso que permitisse resolver esta situação da melhor forma”, afirmou Miguel Guimarães no final da reunião do Fórum Médico, na terça-feira.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Mário Bofes
    12 abr, 2017 Coimbra 16:53
    Caro Sr. Otário, Isso é conversa fiada de ouvir dizer. Fale de casos concretos se os conhece. A realidade é que na próxima crise de hemorróidas é com o senhor doutor que vai ter. É ou não é verdade? Já agora, tome qualquer coisa para a azia.
  • otário cá da quinta
    12 abr, 2017 coimbra 16:08
    Ó sr. ministro, por favor dê-lhes também um garrafão de água de colónia e um pincel para... Coitados, em regalias nenhumas e ordenados de miséria, quando ao seu lado pessoal a trabalhar com o chorudo S.M.N. e enfermeiros a quem ainda não lhes é pago o ordenado de licenciados! Nos hospitais públicos, estes melros apenas estão ali algumas horas a mamar bem e depois é para a privada que vão acabar de encher a mula.

Destaques V+