17 abr, 2017 - 10:54
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) alerta para a necessidade de os pais vacinarem os filhos “sem hesitação” e revelou que desde Janeiro foram notificados 23 casos de sarampo em Portugal.
Dos casos notificados, 11 foram confirmados pelo Instituto Ricardo Jorge e os restantes 12 estão ainda em fase de investigação.
O director-geral da Saúde sublinha a importância da vacinação e avança que novos dados serão divulgados num comunicado a emitir ao final da tarde. “As pessoas têm todas que ser vacinadas. Esta é a questão de fundo. Não há liberdade individual que possa justificar a ausência de vacina das crianças”, disse Francisco George.
A imprensa no fim-de-semana revelou que há seis casos de internamento por sarampo na região de Lisboa, um dos quais uma adolescente que teve de ser transferida em estado grave de Cascais para o Hospital D. Estefânia.
Segundo divulgou o “Expresso” no domingo à noite, a transferência foi feita para o Hospital D. Estefânia porque era a única unidade “com quartos de pressão negativa e cuidados intensivos necessários para este tipo de situações”.
Citando a directora-geral do Hospital de Cascais, o jornal revelou ainda que a jovem faz parte de um grupo de seis casos de menores que deram entrada em Cascais com sarampo.
A primeira infecção terá sido detectada numa criança de 13 meses, não vacinada, que deu entrada no hospital a 27 de Março, tendo depois contagiado cinco funcionárias, que como estavam vacinadas tiveram a doença mas de forma mais leve.
A DGS informou ainda que esta segunda-feira, pelas 18h30, emitirá um comunicado pormenorizado sobre este assunto.
O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlada em Portugal.
Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.
Mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afectando pelo menos sete países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).