19 abr, 2017 - 10:19
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O director-geral da Saúde, Francisco George, diz que Portugal tem uma reserva de 200 mil doses de vacina contra o sarampo. A epidemia não vai ter uma expressão preocupante em Portugal, prevê.
"São reservas que temos de ter tal como os bombeiros têm meios nos aeroportos. Esperamos que não seja necessário usá-los, mas temos de os ter. Temos uma reserva estratégica muito confortável", sublinhou Francisco George, numa conferência de imprensa marcada na sequência da morte de uma jovem de 17 anos que estava doente com sarampo. A jovem não estava vacinada contra o vírus.
O director-geral da Saúde especificou ainda que se este ano nascerem 100 mil bebés há 100 mil vacinas para essas crianças, tal como há mais 100 mil doses para os menores que têm cinco anos e estão às portas de entrar na escola primária.
Francisco George garantiu que "o vírus do sarampo não encontra facilidades no nosso país".
"O nível de cobertura de vacinação da população é de tal maneira alto que o sarampo encontra resistência para progredir. O sarampo só existe em doentes. Só doentes têm o vírus do sarampo. Para circular é preciso encontrar terreno favorável e nós não temos terreno favorável", explicou.
Além das vacinas disponíveis para as crianças que completam, este ano, um ano de idade e as que têm cinco anos, existe ainda uma reserva estratégica de 200 mil doses de vacinas que poderão ser usadas em caso de necessidade, acrescentou.
Francisco George reiterou que não existe qualquer falta de vacinas contra o sarampo em Portugal e voltou a defender a vacinação da população.
Nesta altura, Portugal conta com 21 casos já confirmados de sarampo, um dos quais causou a morte de uma jovem, na madrugada desta, no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde estava internada.
Dos 21 casos confirmados, há 18 em investigação. George avançou ainda que já houve oito casos suspeitos que foram infirmados pelas análises feitas no Instituto Ricardo Jorge. O director-geral da Saúde avançou ainda que das crianças afectadas, um terço ainda se encontra internada. "Nos casos de adultos a evolução da doença é mais ligeiro", acrescentou.