24 abr, 2017 - 09:37
O número de refugiados a abandonar Portugal duplicou. Em dois meses, das 1.255 pessoas acolhidas ao abrigo das quotas definidas pela União Europeia, 474 deixaram o país.
Alemanha, França, mas também Bélgica, Suécia e Holanda são os países escolhidos pelos refugiados, que agora vão ser obrigados a regressar, avança o “Diário de Notícias”.
Deste total, a maior parte sírios,147 foram já detectados e detidos. As despesas do retorno são da responsabilidade de Portugal.
O ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, considera que deve ser “prestada mais informação aos refugiados sobre a limitação de direitos associada aos movimentos secundários”, cita o jornal.
O tema tem sido discutido na Unidade de Coordenação Antiterrorista (UCAT), que junta todas as principais polícias e secretas, que tem monitorizado da permanência dos refugiados. Um dos potenciadores da taxa de abandono será a dificuldade de integração.
Cabrita reconhece que “o nosso país não é o destino preferencial dos requerentes de protecção internacional” o que deve ser contornado com “intensificação da informação sobre Portugal”, nomeadamente com o kit de acolhimento, quer na origem, quer na chegada ao território nacional.
O Bloco de Esquerda apresentou um projecto de resolução a recomendar ao Governo que apresente um relatório de avaliação de acolhimento de refugiados.