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SNS vai pagar mais a médicos que se disponham a trabalhar para além do horário

26 abr, 2017 - 07:16

Os doentes cardíacos e oncológicos vão ter prioridade.

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O Ministério da Saúde quer reduzir os tempos de espera para as primeiras consultas de especialidade e para as cirurgias, pelo que vai ter de pagar mais aos médicos e outros profissionais de saúde que estejam dispostos a fazer horas extraordinárias.

A notícia é avançada esta quarta-feira pelo jornal “Público”, que falou com o secretário de Estado adjunto e da Saúde. Segundo Fernando Araújo, vai haver prazos máximos de resposta para radioterapia (15 dias), medicina nuclear e angiografias (30 dias), endoscopias, TAC e ressonâncias magnéticas (90 dias).

O Ministério da Saúde quer também definir limites ao tempo de espera por exames e outros meios de diagnóstico e terapêutica necessários (como colonoscopias, ressonâncias magnéticas e radioterapia) nos hospitais públicos.

Para tal, os médicos terão de estar mais tempo ao serviço e trabalhar ao fim-de-semana, como acontece com as cirurgias há mais de 10 anos. Segundo o secretário de Estado, o valor a pagar “pode ir dos 12 aos 19 euros” por consulta.

O Governo acredita que, ao realizar mais actos médicos, conseguirá reduzir os gastos com as unidades privadas com que o Serviço Nacional de Saúde tem acordo e, assim, compensar o acréscimo de despesa com a remuneração aos médicos.

“Pôr pressão" sobre o sistema para responder de maneira "mais rápida e equitativa" ao doente é o objectivo, sublinha Fernando Araújo ao jornal “Público”. Segundo o secretário de Estado, só no ano passado foram gastos 440 milhões de euros em meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

Os novos prazos de atendimento entram em vigor até ao final do ano e os doentes cardíacos passam a ter prioridade, como já acontece com os oncológicos.

Quanto ao facto de muitos equipamentos estarem obsoletos, Fernando Araújo responde que o Governo está a apostar na renovação do parque na área de imagem.

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