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Almaraz. Portugal admite que armazém de resíduos é solução "adequada"

27 abr, 2017 - 19:25 • Elsa Araújo Rodrigues

Relatório divulgado esta quinta-feira contém 14 recomendações sobre o armazenamento dos resíduos na central nuclear espanhola [em actualização].

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Central nuclear de Almaraz: uma "bomba atómica" na margem do Tejo
Central nuclear de Almaraz: uma "bomba atómica" na margem do Tejo

O armazém que as autoridades espanholas querem instalar em Almaraz é a "tecnologia adequada" para os resíduos da central nuclear situada a uma centena de quilómetros da fronteira portuguesa, conclui a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

O relatório apresentado esta quinta-feira, em Lisboa, foi elaborado por um grupo de trabalho sobre o funcionamento do armazém temporário individualizado. O documento tem também 14 recomendações sobre o armazenamento dos resíduos.

Algumas dessas recomendações contemplam "cenários extremos de eventuais acidentes severos", frisa Nuno Lacasta, presidente de APA.

Nuno Lacasta destaca também que "não foram detectadas consequências” para Portugal em condições de funcionamento normal do armazém que as autoridades espanholas querem construir em Almaraz.

O relatório da Agência Portuguesa do Ambiente é apenas referente ao armazém de resíduos nucleares. Não tece considerações sobre os planos de prolongamento do tempo de vida da central de Almaraz ou sobre energia nuclear, em geral.

A paragem forçada de uma das unidades da central, no passado dia 10, levou os ambientalistas e um deputado europeu socialista a reforçar os apelos ao encerramento de Almaraz, que passou em 2010 o seu prazo de vida de 25 anos.

Os opositores à construção do armazém consideram que poderá ser usado como pretexto para prolongar a laboração por ainda mais tempo.

Em Fevereiro deste ano, o Governo português chegou a apresentar uma queixa em Bruxelas contra a construção do armazém de resíduos, que acabou por ser retirada na sequência de um entendimento entre Lisboa e Madrid, patrocinado pela Comissão Europeia.

A "resolução amigável" do diferendo prevê que Espanha pode prosseguir, para já, a construção do aterro, mas sem tomar qualquer medida "irreversível", precisou na altura a Comissão Europeia.

Comentários
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  • SALAZAR
    27 abr, 2017 LX 20:30
    JÁ FORAM COMPRADOS PELOS ESPANHÓIS.

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