27 abr, 2017 - 20:32
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A atropelamento de um adepto do Sporting nas imediações do estádio da Luz foi acidental, afirma o advogado Carlos Melo Alves, que representa o principal suspeito no caso.
Em declarações à saída das instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa, Carlos Melo Alves revelou aos jornalistas que o seu cliente, Luís Pina, está indiciado por “homicídio simples”.
Quando for ouvido pelo juiz de instrução, na sexta-feira, o suspeito vai dizer que tudo não passou de um acidente, adianta o advogado.
"A minha estratégia é a estratégia da verdade: acidente", afirmou Carlos Melo Alves. “Não tenho dúvidas daquilo que aconteceu. O meu cliente contou-me a verdade e é indiscutível aquilo que se passou”, frisou.
Questionado sobre os antecedentes criminais do suspeito, Carlos Melo Alves respondeu: “o meu cliente nunca matou ninguém. É agora suspeito de um crime de homicídio, vamos lá ver como é que isto vai ser enquadrado”.
Segundo a SIC Notícias, Luís Pina, de 35 anos, que atropelou um adepto italiano, Marco Ficini, pertence aos "No Name Boys", que apoiam o Benfica.
O caso aconteceu na madrugada de sexta-feira para sábado, horas antes do Sporting-Benfica, e o suspeito entregou-se às autoridades esta quinta-feira. Compareceu nas instalações da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, acompanhado do seu advogado.
Carlos Melo Alves argumenta que o seu cliente "não estava em fuga", porque não era alvo de qualquer mandado de captura, e "decidiu esperar por um conjunto de circunstâncias".
Questionado sobre o estado de espírito do suspeito, o advogado disse que "está com força no sentido de que se vai descobrir a verdade".
O suspeito do atropelamento de Marco Ficini vai passar a noite detido no estabelecimento anexo à Polícia Judiciária.