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​Precários terão condições "particulares" em concursos para entrada nos quadros

03 mai, 2017 - 00:49

Trabalhadores vão poder começar a pedir a avaliação dos seus casos às comissões a partir de dia 11 de Maio.

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O ministro do Trabalho diz que, em "muitos casos", mas não na generalidade, terá de haver concursos para a admissão de trabalhadores precários nos quadros do Estado, sendo que esses trabalhadores terão "condições particulares" de acesso.

"Tem de haver um processo legal e em muito casos, não na generalidade, terá de haver concursos. Obviamente são concursos em que estas pessoas terão condições que serão particulares", afirmou Vieira da Silva à margem da apresentação do Relatório Anual sobre a Evolução da Negociação Colectiva em 2016 do Centro de Relações Laborais (CRL), em Lisboa.

Questionado pelos jornalistas sobre a portaria para a regularização de trabalhadores precários, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou que deverá ser publicada ainda esta semana e que esses trabalhadores vão poder começar a pedir a avaliação dos seus casos às comissões a partir de dia 11 de Maio.

Vieira da Silva garantiu que também os trabalhadores do Sector Empresarial do Estado podem pedir essa avaliação.

Questionado sobre quantos trabalhadores serão integrados nos quadros do Estado, o ministro assegurou que "todos os trabalhadores desempenhando funções que correspondam a necessidades permanentes do Estado terão oportunidade de ver corrigida a sua situação".

"Não posso garantir a perfeição de que todos os trabalhadores sejam integrados, mas esse é o nosso objectivo", disse Vieira da Silva.

Sobre o impacto da passagem aos quadros dos trabalhadores com vínculos precários, o ministro recusou que seja necessário um aumento da despesa pública.

O ministro disse que, muitas vezes, com os contratos de prestação de serviços, o que o "Estado alcança não é um menor custo, é maior flexibilidade na contratação", recusando que seja "inevitável que haja um aumento da despesa".

No entanto, admitiu, esse aumento "poderá existir em alguns sectores, noutros até poderá haver diminuição, porque muitas vezes paga-se mais por vínculos precários".

O ministro Vieira da Silva disse ainda esperar que a Frente Comum participe nas comissões de avaliação bipartida (uma em cada ministério) com representantes dos ministros das Finanças e do Trabalho, outro do dirigente do serviço e ainda dos três sindicatos da Função Pública -- uma questão que foi criticada pela Frente Comum.

Comentários
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  • Inês
    10 mai, 2017 Santarém 20:56
    Trabalho num hospital EPE, estou a contrato há 15 anos e questiono se ainda não é agora a integração? Até quando a desigualdade dentro dos serviços.... Não temos ADSE, trabalhamos mais horas, os salários são inferiores.... Quando solicitamos informações, respondem nos que não é para nós.... Somos mais de 100 funcionários nesta situação só nesta instituição. Podem me dar uma resposta? Podemos preencher o requerimento? Obrigada
  • ESCRAVO
    03 mai, 2017 meâs do campo 11:47
    Para que haver concursos para os trabalhadores que já exercem funções nesses serviços ? Se têm servido até agora, onde está a razão e moral para os expor a concursos ? ISTO NÃO PASSA DE UMA PURGA para colocar FILHOS, ENTEADOS E AMIGOS NESSES LUGARES.
  • Mário Guimarães
    03 mai, 2017 Lisboa 10:17
    Acabe-se com os precários nacionais coloquem mais estrangeiros na baixa de Lisboa. Os edifícios e pastelarias,cafés na Baixa de Lisboa que pertencem a organizações ditas religiosas que não pagam IMI . Viva o Povo que está quase acabado.Viva o 25 de Abril.
  • AM
    03 mai, 2017 Lisboa 09:37
    Há contratos de trabalho com muitas tipologias, que foi o governo anterior de deu cabo da consolidação feita anteriormente. Não sabem o que eu me refiro? Pois, não estraguem, que já percebem... E não há recibos verdes no ESTADO. Acabaram há muito tempo. Querem meninos e meninas bonitas? O que é barato sai caro!

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