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Ministro da Saúde. Reivindicações dos médicos são quase todas "muito legítimas"

11 mai, 2017 - 21:50

Adalberto Campos Fernandes reconhece que o Governo está disponível para continuar a trabalhar já na próxima semana com os sindicatos.

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O ministro da Saúde admite que as reivindicações que levaram à greve nacional dos médicos são quase todas "muito legitimas" e quer estabelecer com os sindicatos um calendário negocial alargado até final da legislatura.

No segundo e último dia de greve de médicos, que se hoje se cumpre, o ministro Adalberto Campos Fernandes foi ao Jornal Nacional da TVI afirmar que o Governo está disponível para continuar a trabalhar já na próxima semana com os sindicatos.

O ministro assume que a esmagadora maioria das revindicações sindicais são legítimas, lembrando que nos últimos anos a Saúde foi um sector "muito fustigado".

Contudo, o governante indicou que "não é possível fazer tudo por todos ao mesmo tempo".

Adalberto Campos Fernandes afirmou que "há espaço em termos de faseamento no tempo" para acolher as propostas dos dois sindicatos que convocaram a paralisação, estimando que o calendário das negociações possa estar encerrado em Setembro.

O ministro enalteceu ainda a forma responsável como decorreu a greve dos médicos, que registou nos dois dias uma adesão a rondar os 90%, segundo os sindicatos.

Vários blocos operatórios continuaram encerrados hoje, nomeadamente nos grandes hospitais, como o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Hospital de São João no Porto, Hospital de São José e de Santa Maria, em Lisboa ou Hospital de Ponta Delgada, de acordo com alguns exemplos dados pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

"Reafirmamos a vontade de retomar negociações. Estamos disponíveis a partir já de sexta-feira", disse à agência Lusa Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, um dos dois sindicatos que convocou a greve nacional de médicos, a par com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em vez das atuais 200, imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e diminuição do número de utentes por médico de família são algumas das reivindicações sindicais.

Os sindicatos também querem a reposição do pagamento de 100% das horas extra, que recebem desde 2012 com um corte de 50%. Exigem a reversão do pagamento dos 50% com retroactividade a Janeiro deste ano.

Comentários
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  • Aderito Gomes
    30 set, 2017 Barcelos 11:59
    este tipo acha q as reivindicações dos médicos legítimas e as dos outros profissionais de saúde são ilegítimas, incomportáveis e outros adjetivos começados por i....isto denuncia corporativismo - demite-te
  • mendes
    12 mai, 2017 braga 11:26
    nesta entrevista este sr mostra bem a politica enganosa deste governo--se os medicos teem razao porque o impasse criado pelo governo promessas promessas e mais promessas politica eleitoralista

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