Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Salas de chuto. Decisão final até ao fim do ano

26 mai, 2017 - 18:11

O ministro da Saúde considera que existem todas as condições para se tomar uma decisão "definitiva". O director geral da SICAD adiantou que há a possibilidade de se estabelecerem "uma ou mais salas de consumo assistido nas grandes cidades".

A+ / A-

Existem condições para até ao final do ano haver uma decisão definitiva sobre a criação de salas de consumo assistido de drogas, mais conhecidas como salas de chuto, afirma o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

"Tem de ser discutida tecnicamente e depois politicamente de uma maneira alargada. Creio que há condições para que ao longo deste ano se possa ter uma posição definitiva", disse o ministro no final da inauguração das novas instalações do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), no parque de Saúde Pulido Valente, em Lisboa.

As salas de chutos estão previstas na legislação portuguesa desde 2001, mas ainda não saíram do papel.

O director-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), João Goulão, explicou que a ideia surgiu para dar resposta aos níveis de consumo da altura.

Quando houve um acordo entre as autarquias e o Governo entre 2008 e 2009, o consumo de “via injectável tinha vindo dos 15% para os 3%” e a ideia já não se adequava, refere.

Contudo, explicou João Goulão, durante o período de crise económica em Portugal, houve um ressurgimento do consumo de substâncias como a cocaína por via injectável e a heroína, à custa de recaídas de antigos consumidores, recolocando assim a necessidade de se avançar.

O director-geral da SICAD adiantou que há a probabilidade de se vir a ter “uma ou mais salas de consumo assistido nas grandes cidades”, como Lisboa e Porto. João Goulão acrescentou que o consumo é maior nestas áreas urbanas.

Em 2015, morreram 181 pessoas com drogas no organismo, das quais 40 por overdose. Destaca-se a presença de ópio, cannabis, cocaína e metadona na maioria dos organismos das pessoas que morreram por overdose. Em Portugal, 2015 foi o segundo ano consecutivo em que se deu um aumento do consumo de drogas injectáveis.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Amigos
    27 mai, 2017 Portugal 14:43
    E agora, quem é que é amigo, quem? Pelo menos o governo pensou num local onde a oposição pode "aguardar sossegadamente" o seu eventual regresso ao governo.....
  • Rosa Milagre
    26 mai, 2017 Covilhã 19:56
    Ora bem! Não há dinheiro para pagar certos tratamentos médicos que são fatídicos para quem os não dizer.O SNS não tem dinheiro, mas para salas de chuto que custam milhões há sempre.No governo ou família deve haver muita gente a chutar.

Destaques V+