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Porto é a "primeira cidade" para os investidores estrangeiros no imobiliário

29 mai, 2017 - 13:40 • Sara Beatriz Monteiro

Investimento no imobiliário chega sobretudo de França e do Brasil.

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Estrangeiros apostam no Porto para viver e abrir negócios
Estrangeiros apostam no Porto para viver e abrir negócios

A subida do preço das casas em Lisboa e as novas rotas aéreas que ligam o Porto ao resto do mundo levam mais estrangeiros a preferirem a segunda cidade do país para investir, sobretudo no que diz respeito ao alojamento local.

"O Porto passou a ser a primeira cidade [portuguesa] na intenção dos compradores portugueses e estrangeiros. Uma das coisas muito importantes que levou a este investimento é a questão da segurança e a confiança na estabilidade fiscal e política do país. Tivemos também as [companhias aéreas] low-cost que nos ajudaram imenso. O aeroporto de Pedras Rubras tem uma previsão de entrada de turistas este ano de 12 milhões", sublinha o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, em entrevista à Renascença.

O Porto foi eleito melhor destino europeu em 2012, 2014 e 2017 e a "avalancha" de turistas é um facto, atingindo quase 6,9 milhões de dormidas por ano.

De acordo com o presidente da APEMIP, quando chega a hora de investir os estrangeiros preferem o alojamento local: compram activos, criam emprego e tornam possível a reabilitação das cidades.

"Foi à custa do alojamento local que recuperámos as cidades de Lisboa e Porto. Há muitos proprietários a recuperarem as suas casas para alojamento local porque, se não for assim, elas não serão recuperáveis. Eles [os estrangeiros] ao adquirirem activos estão a ajudar ao sector da construção e do imobiliário. Se não fosse a reabilitação urbana, se não fosse o alojamento local, então não tínhamos nada", afirmou.

Rota aérea, rota de investimento

Luís Lima adianta que o investimento no imobiliário chega, sobretudo, de França e do Brasil e considera fundamental investir em novas rotas aéreas que se traduzam em novas rotas de investimento.

“É muito importante esta questão das linhas aéreas. Quando abre uma rota aérea isso ajuda logo, abre uma rota de investimento. São sobretudo brasileiros e franceses que investem no Porto. Os preços começaram a subir de tal maneira em Lisboa e as modas ajudam nisto: abriu-se uma rota para o Porto e os estrangeiros gostaram”, acrescenta.

O presidente da APEMIP diz ainda ter a esperança de que este investimento no Porto cresça, mas que possa chegar também a outros pontos do país.

“Não vai ser só o Porto. Se não estragarmos o investimento vai chegar ao país todo. O facto de a dimensão do nosso país ser pequena vai ser um factor diferenciador pela positiva”, remata.

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