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Novos cortes nos colégios afectam 268 turmas. “Espantoso e absurdo”, diz associação

30 mai, 2017 - 10:36

Governo tenciona reduzir o número de turmas apoiadas no 7º e 10º anos. A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular diz que se está a promover uma "máquina produtiva" em vez de "uma máquina educativa".

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Os colégios com contrato de associação vão perder apoios em mais de 268 turmas, no próximo ano lectivo. Com estes cortes o Ministério da Educação vai poupar mais de 21 milhões de euros, mas a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo não compreende esta decisão.

“É espantoso o Governo vir agora dizer que como vai abrir mais turmas do 5º ano do que aquelas que queria, vai cortar mais no 7º e no 10º do que tinha pensado fazer. Ora, escolas públicas que iam receber turmas de 5º ano, afinal não recebem do 5º, recebem do 7º e 10º. Isto é absurdo”, comentou à Renascença Rodrigo Queiroz e Melo, director executivo da associação.

O Governo tenciona reduzir o número de turmas apoiadas no 7º e 10º anos, depois de ter sido obrigado a aceitar a abertura de novas turmas de 5º nos colégios, escreve o “Diário de Notícias”.

O mesmo responsável acredita que o objectivo do Estado é acabar com todos os contratos de associação. “O que está em causa, por um lado, é acabar com o contrato de associação e, por outro, é promover uma máquina produtiva e não uma máquina educativa, porque não sei como é que se educam alunos de terceiro ciclo e secundário em escolas de segundo ciclo ou vice-versa. Isto é uma visão muito pobre do sistema educativo. Não nos resta senão lamentar”.

O director executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo diz temer pelos alunos.

“Os grandes prejudicados são os alunos e as famílias. Haverá para cima de 20 mil alunos que tinham percursos educativos onde estavam satisfeitos, desejados pelas suas famílias e que agora vêem interrompidos e são obrigados a ir para sítios diferentes", acrescenta.

Rodrigo Queiroz e Melo garante que esta não é uma questão de "público versus privado". "Felizmente há escolas públicas de altíssima qualidade, não é isso que está aqui em causa. O que está aqui em cusa e só as escolas públicas que não tem qualidade é que têm medo dos contratos de associação”, remata.

Ao todo, os colégios com contrato de associação vão perder apoios em mais 268 turmas, no próximo ano lectivo. Feitas as contas, em dois anos lectivos, o número de turmas apoiadas é reduzido em 478.

No total, as verbas investidas pelo Estado nestes contratos baixam cerca de 55 milhões de euros.

Contactado pela Renascença, o Ministério da Educação diz que só fará um comentário depois de publicados os avisos de abertura dos concursos.

Comentários
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  • André Souza
    30 mai, 2017 V p Aguiar 23:22
    Há um ano foi assim, agiram voltam. Como muitos, a maioria, pertencem à Igreja Católica, têm a força de uma série de comentadores e jornalista desta rádio. Não fica bem puxar a brasa á vossa sardinha. Mas enfim, com os vossos filhos nos colégios privados, põem de lado o profissionalismo. Para mim uma escola privada é privada. Se o Estado lá colocar alunos então paga por esses alunos. O resto é subsídio- dependentes que o estupido tuga paga.
  • Cidadao
    30 mai, 2017 Lisboa 16:34
    O quê, mas ainda subsidiam turmas em colégios privados? Quando há tanta Escola Pública a funcionar a meio-gás porque o Passinhos de Massamá, permitiu sob falsos pretextos, a transferência maciça de turmas do Público para o Privado, só para ter depois um pretexto para fechar mais Escolas Públicas? Pensei que as negociatas PSD-CDS com colégios tipo GPS tinham acabado... Os Privados da Educação têm direito à Vida, como todos, mas quem lá quiser ter os filhotes, que pague do seu bolso, não do bolso dos contribuintes. Não tem dinheiro? Então ... Escola Publica. Essa, pelo menos já está paga. E aquela área em Fátima que é tão coutada da Igreja que nem deixam construir Escolas Públicas... Toca a construir de imediato 2 ou três Escolas públicas e a deixar caducar contratos, ou estão com miúfa dos srs padres?
  • Eborense
    30 mai, 2017 Évora 16:27
    É verdade! Os portugueses não têm que pagar os colégios privados, porque quem quiser colégios privados, que os pague. No entanto, o mesmo Estado, que corta 23 milhões nos colégios privados é o mesmo Estado, que este ano vai meter nos bolsos dos donos dos restaurantes e cafés, 400 milhões, tendo já metido nos mesmos bolsos, 175 milhões no ano passado. E viva a geringonça, a Dr(a) de Teatro Catrina, o Sr. Costa, o Tio jerónimo, as manas Mortágua e todos..todos os geringonços.
  • Paguem!
    30 mai, 2017 do porto R.P. 14:23
    Então falam e criticam que se fartam os privados o publico que é isto e aquilo, que não dá rendimentos e não sei mais o quê, e agora andam os privados a querer mamar do estado? E mais, ainda por cima com gente que pode pagar. Tenham mas é vergonha. Então para quê as escolas públicas? Ou anda-se a querer criar escolas de primeira e escolas de segunda?
  • Petervlg
    30 mai, 2017 Trofa 14:21
    Ainda continuam a "meter" dinheiro nos privados? Acabem com isso, quem quer ir para o colégio que pague
  • questão pertinente!
    30 mai, 2017 port 12:23
    A lei está a ser ou não cumprida? Se está, não venham novamente lamuriar e lançar a confusão! Um Estado de Direito não pode ser visto como benefícios só para alguns pagos pelo erário publico!
  • Manuel
    30 mai, 2017 11:43
    Chocados estavam os contribuintes!
  • luis
    30 mai, 2017 Lisboa 11:40
    Esta gente estava habituada à mama do estado. Era uma renda garantida.
  • Ana Maria Silva
    30 mai, 2017 Lisboa 11:31
    Colégios privados em edifícios de luxo com piscina e salários milionários a diretores à minha custa NÃO.
  • almgue
    30 mai, 2017 lisboa 11:27
    Outra vez? Outro ano de choradeira? Chega! Já todos os portugueses estão esclarecidos. Os contribuintes não têm que pagar colégios privados para os meninos e meninas que têm escolas públicas nas proximidades. Se querem escolas privadas pagam do vosso bolso. Eu também tenho 3 netos e estão em escolas privadas em Lisboa e ajudo a pagar ao meu filho 500 euros por cada um. Este ano não venham com a mesma choradeira.

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